São Paulo, terça-feira, 19 de outubro de 2004

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DIRETO DA FÁBRICA

A exemplo de marcas como Apple e Dell, empresa investe em unidades próprias; foco é o público feminino

Expansão de lojas da Sony assusta revendas

DA REDAÇÃO

A Sony espera ter 30 lojas próprias nos Estados Unidos, até 2006, para vender os seus produtos diretamente aos consumidores. O que começou com apenas uma loja em Los Angeles começa a ser encarado como uma tendência por revendedores, que temem ver a iniciativa adotada por outras empresas do setor.
Os revendedores têm receio de que a concorrência da própria Sony vá diminuir suas vendas. "Nós iremos acompanhar de perto o que eles [a Sony] irão fazer com essas lojas. A fábrica está começando a virar concorrência", disse Tom Campbell, vice-presidente da Ken Cranes Eletronics, um rede de revendedores de eletrodomésticos da Califórnia.
A Sony segue exemplo de outras grandes indústrias nos EUA. A Apple, fabricante de computadores, já abriu 84 lojas nos Estados Unidos desde 2001. A fabricante de processadores Dell também tem suas próprias lojas.
A mudança da Sony é explicada pela tentativa de adaptar suas lojas ao público feminino. Dennis Syracuse, vice-presidente do setor de lojas da Sony, disse que a empresa notou que as mulheres são mais rigorosas ao comprar.
Para agradar a esse público, as lojas possuem um "concierge" para recepcionar clientes; os corredores são largos para dar passagem a carrinhos de bebês, e as TVs são dispostas em diferentes ambientes para dar a impressão de como ficarão nos quartos.
Uma coisa é certa. Não mais serão vistos nas lojas dezenas de homens assistindo a eventos esportivos nos televisores à exposição. "Essa é uma regra básica. Não mostre esportes.", diz Syracuse.
A escolha da localização das lojas também é estratégica: próxima a lojas de grifes famosas como Tiffany e Louis Vuitton.

Concorrência
A Sony descarta a intenção de competir com revendedoras. Uma comparação entre os preços dos itens da Sony com lojas próximas comprova isso. Os produtos Sony em sua loja são até mais caros do que nas revendas. Mas a tentativa de atrair o público feminino parece dar certo. Em uma das lojas da Sony a proporção era de 1 homem para 4 mulheres.


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