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Para indústria, corte poderia ser maior
DA REPORTAGEM LOCAL
As principais entidades
da indústria e do comércio
consideraram a redução
na taxa de juros básica, a
Selic, insuficiente. Para a
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo), a decisão "potencializa o efeito negativo no
país" da previsão, pela Organização das Nações Unidas, de menor crescimento mundial em 2007.
"Rever juros e política
monetarista anacrônica é
a prioridade zero do novo
governo", disse o presidente da entidade, Paulo
Skaf, em nota enviada à
imprensa. O texto ainda
coloca o alto patamar da
Selic como um dos principais responsáveis pelo baixo crescimento brasileiro
previsto para este ano.
Para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), há espaço para novas
reduções da taxa básica de
juros. "A atividade econômica está se expandindo
em ritmo moderado e há
expectativas de cumprimento, com folga, das metas de inflação para 2006 e
também para 2007", ponderou o presidente da entidade, Armando Monteiro Neto, em nota. A confederação avaliou que a queda foi positiva, mas que os
juros reais continuam
muito elevados.
Em nota, o presidente
da Fecomercio SP, Abram
Szajman, considerou que a
redução não pode ser comemorada porque os juros "ainda não se encontram num patamar civilizado". "As taxas às pessoas
físicas se mantêm superiores a 50% ao ano. Infelizmente, essas reduções na
Selic não trarão efeito
imediato para o consumidor. Enquanto esse percentual não for bruscamente reduzido, os juros
continuarão brecando o
crescimento do comércio", afirmou Szajman.
Para o economista Marcel Solimeo, da ACSP (Associação Comercial de São
Paulo), "foi o esperado,
mas poderia ser mais". "O
efeito para o consumidor
será muito pequeno", afirmou ele, também em nota.
Da mesma forma, a Força Sindical avaliou que a
redução nos juros poderia
ser maior. "A Força Sindical defende um corte drástico na taxa de juro básico
para criar condições para
o crescimento econômico", diz, em nota.
A nota da CUT (Central
Única dos Trabalhadores)
foi na mesma linha. "A
tendência de queda na taxa básica está mantida, o
que representa um fator
positivo. No entanto, a
CUT insiste que a redução
deve se dar de forma mais
acentuada e que o Copom
precisa entender a necessidade de crescimento
econômico consistente."
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