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Após avançar 1,4%, Bolsa vira e fecha em queda de 0,54%
Bovespa seguiu esfriamento de NY, que chegou a bater recorde
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo terminou o pregão de ontem no vermelho. As operações
relativas ao vencimento de
contratos futuros e de opções
sobre o Ibovespa acabaram pesando no desempenho do mercado. A Bolsa caiu 0,54%.
No período da manhã, o pregão seguiu de perto o mercado
acionário norte-americano,
que repercutia positivamente
os dados da inflação ao consumidor do país. Na primeira hora de pregão, a Bovespa bateu
em sua máxima no dia, marcando valorização de 1,41%.
O mercado norte-americano
também perdeu força durante
o dia. O índice Dow Jones, o
principal da Bolsa de Nova
York, superou ontem o patamar inédito dos 12 mil pontos.
Mas não conseguiu se sustentar nesse nível e terminou as
operações a 11.992 pontos, em
alta de 0,36%.
A Bolsa eletrônica Nasdaq,
que reúne ações de empresas
de alta tecnologia, caiu 0,33%.
A Nasdaq foi prejudicada por
notícias corporativas, como a
Apollo Groupe, que afirmou
que poderá ter de republicar resultados financeiros antigos.
O índice de preços ao consumidor americano, o CPI, caiu
0,5% no último mês, o maior
recuo desde novembro do ano
passado. O resultado, mais expressivo que o esperado pelo
mercado, foi decorrência da diminuição nos preços da gasolina e de outros produtos de
energia, que caíram 7,2%, segundo o Departamento do Trabalho dos EUA.
Já o núcleo da inflação, que
exclui energia e alimentos, subiu 0,2% (como esperavam os
analistas). Foi o terceiro mês
consecutivo de alta. Em termos
anuais, o núcleo teve alta de
2,9% entre setembro de 2005 e
o mesmo mês deste ano. Esse é
o maior índice desde fevereiro
de 2006 e está acima do resultado que o Fed (o banco central
dos EUA) considera ideal, entre
1% e 2%.
Ontem, também foi anunciado que a construção de novas
moradias nos Estados Unidos
registrou avanço de 5,9% em
setembro.
Muitos analistas consideravam a possibilidade de o índice
de casas recuar no mês. O dado
mostrou que a economia americana pode não estar tão desaquecida como alguns analistas
temem.
Queda dos juros
A Bovespa encerrou suas
operações antes de o Copom
(Comitê de Política Monetária)
anunciar sua decisão de reduzir
a taxa básica de juros da economia em 0,50 ponto percentual,
para 13,75% anuais.
Como o mercado financeiro
doméstico já tinha precificado
uma redução desse tamanho
-ou seja, tinha embutido no
preço dos ativos a redução-, a
reação nos negócios de hoje deve ser pequena.
Ontem o vencimento de opções sobre o índice Ibovespa
movimentou R$ 886,65 milhões e ajudou a elevar o giro financeiro da Bolsa paulista para
os R$ 5,02 bilhões.
Mesmo com o Ibovespa fechando em queda, ações de diferentes segmentos terminaram ontem com alta relevantes.
A ação preferencial do Pão de
Açúcar subiu 5,28% (a maior alta do dia). Logo atrás vieram o
papel preferencial da Vivo, que
ganhou 4,03%, e o PN do Bradesco, com 1,30% de valorização no dia.
Operadores de corretoras
disseram que ontem circularam no mercado rumores sobre
uma eventual reportagem a ser
publicada por uma revista semanal que traria detalhes da
rota do dinheiro usado na compra do dossiê contra candidatos
do PSDB.
O dólar subiu um pouco,
0,23%. A moeda norte-americana encerrou as operações
vendida a R$ 2,137.
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