São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2008

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FMI decide investigar Strauss-Kahn por suposto favorecimento a amante

DO ENVIADO A WASHINGTON

O FMI (Fundo Monetário Internacional) abriu investigação para apurar a conduta de seu diretor-gerente, o francês Dominique Strauss-Kahn, em um suposto caso amoroso com uma ex-funcionária do órgão, a húngara Piroska Nagy.
O Fundo contratou o escritório de advocacia Morgan, Lewis & Bockius para o caso. A suspeita é que Strauss-Kahn tenha usado sua posição de chefe do FMI para favorecer financeiramente Piroska Nagy no momento de sua saída da instituição, em agosto. O caso foi revelado na edição de ontem do "Wall Street Journal".
Nagy era funcionária de um departamento voltado para a África e deixou o Fundo juntamente com outras 600 pessoas, demitidas como parte de um plano de enxugamento de despesas da instituição.
Ela é casada com o economista argentino Mario Blejer, que também já trabalhou no FMI e presidiu o Banco Central da Argentina. Blejer descobriu o caso ao ler e-mails trocados entre os dois.
Strauss-Kahn também é casado. Sua mulher, Anne Sinclair, é uma das jornalistas mais famosas da TV francesa.
O romance teria começado em janeiro e terminado no início de agosto, depois que Blejer descobriu a troca de mensagens.
A investigação visa provar se o caso é semelhante ao episódio que causou a saída, no ano passado, do ex-presidente do Banco Mundial Paul Wolfowitz. Ele favoreceu financeiramente uma ex-funcionária do órgão, sua namorada, no momento de sua saída da instituição. Wolfowitz acabou deixando o cargo como resultado do escândalo, que veio a público dias antes da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, o que causou um forte constrangimento.
Strauss-Kahn, 59, negou ter usado o cargo para beneficiar a amante ao sair do FMI.


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