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FMI decide investigar Strauss-Kahn por suposto favorecimento a amante
DO ENVIADO A WASHINGTON
O FMI (Fundo Monetário
Internacional) abriu investigação para apurar a conduta
de seu diretor-gerente, o
francês Dominique Strauss-Kahn, em um suposto caso
amoroso com uma ex-funcionária do órgão, a húngara Piroska Nagy.
O Fundo contratou o escritório de advocacia Morgan,
Lewis & Bockius para o caso.
A suspeita é que Strauss-Kahn tenha usado sua posição de chefe do FMI para favorecer financeiramente Piroska Nagy no momento de
sua saída da instituição, em
agosto. O caso foi revelado na
edição de ontem do "Wall
Street Journal".
Nagy era funcionária de um
departamento voltado para a
África e deixou o Fundo juntamente com outras 600 pessoas, demitidas como parte
de um plano de enxugamento
de despesas da instituição.
Ela é casada com o economista argentino Mario Blejer,
que também já trabalhou no
FMI e presidiu o Banco Central da Argentina. Blejer descobriu o caso ao ler e-mails
trocados entre os dois.
Strauss-Kahn também é
casado. Sua mulher, Anne
Sinclair, é uma das jornalistas
mais famosas da TV francesa.
O romance teria começado
em janeiro e terminado no
início de agosto, depois que
Blejer descobriu a troca de
mensagens.
A investigação visa provar
se o caso é semelhante ao episódio que causou a saída, no
ano passado, do ex-presidente do Banco Mundial Paul
Wolfowitz. Ele favoreceu financeiramente uma ex-funcionária do órgão, sua namorada, no momento de sua saída da instituição. Wolfowitz
acabou deixando o cargo como resultado do escândalo,
que veio a público dias antes
da reunião anual do FMI e do
Banco Mundial, o que causou
um forte constrangimento.
Strauss-Kahn, 59, negou
ter usado o cargo para beneficiar a amante ao sair do FMI.
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