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São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Dólar fecha com alta de 0,38%; instituições financeiras acreditam que taxa básica vá cair para 18%

Bovespa sobe 0,77% à espera do Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado viveu um pregão calmo na véspera de o Copom decidir o rumo dos juros básicos da economia. A Bolsa de Valores de São Paulo subiu 0,77%. O dólar teve alta de 0,38%.
Os contratos futuros de juros se ajustaram à expectativa dominante no mercado, de que o Copom (Comitê de Política Monetária) vá reduzir os juros de 19% para 18% ao ano na reunião que termina hoje.
Os negócios com contratos DI -que acompanham os juros das operações entre os bancos- foram 65,6% maiores ontem do que na segunda-feira. Foram negociados 250,2 mil contratos, volume que deve crescer hoje. O contrato DI de prazo mais curto fechou com taxa de 18,06%.
Com a alta de ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou aos 18.812 pontos, abaixo do recorde de 18.985 pontos da sexta-feira.
O volume movimentado no pregão de ontem, de R$ 1,28 bilhão, foi inflado por um leilão de ações Tele Centro Oeste Celular Participações. No negócio, que girou R$ 538,8 milhões, a Telesp Celular Participações aumentou sua participação na Tele Centro Oeste Celular de 61,1% do capital votante para 86,6%.
O dólar encerrou as operações vendido a R$ 2,943. No mês, a moeda norte-americana está com valorização de 2,7% diante do real.
Um dos fatores que têm feito o dólar subir recentemente é a decisão do Banco Central de renovar cada vez parcelas menores de sua dívida cambial.
O BC vai renovar, no máximo, cerca de US$ 540 milhões da dívida de US$ 2,2 bilhões que vence no próximo dia 1º. A autoridade monetária vai receber hoje as propostas das instituições financeiras detentoras dos papéis vincendos para decidir quanto vai rolar da dívida.
Quando o BC deixa de renovar uma parte de sua dívida cambial, diminui a disponibilidade de papéis no mercado que servem para empresas e bancos fazerem hedge (proteção contra oscilações da moeda), o quer pode pressionar a cotação do dólar.
No mercado internacional, os C-Bonds, títulos da dívida brasileira de maior negociação, bateram mais um recorde ontem. Os títulos encerraram o dia vendidos a US$ 0,9500, valor nunca alcançado antes.
(FABRICIO VIEIRA)


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