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MERCADO FINANCEIRO
Dólar fecha com alta de 0,38%; instituições financeiras acreditam que taxa básica vá cair para 18%
Bovespa sobe 0,77% à espera do Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado viveu um pregão
calmo na véspera de o Copom decidir o rumo dos juros básicos da
economia. A Bolsa de Valores de
São Paulo subiu 0,77%. O dólar
teve alta de 0,38%.
Os contratos futuros de juros se
ajustaram à expectativa dominante no mercado, de que o Copom (Comitê de Política Monetária) vá reduzir os juros de 19% para 18% ao ano na reunião que termina hoje.
Os negócios com contratos DI
-que acompanham os juros das
operações entre os bancos- foram 65,6% maiores ontem do que
na segunda-feira. Foram negociados 250,2 mil contratos, volume
que deve crescer hoje. O contrato
DI de prazo mais curto fechou
com taxa de 18,06%.
Com a alta de ontem, a Bolsa de
Valores de São Paulo fechou aos
18.812 pontos, abaixo do recorde
de 18.985 pontos da sexta-feira.
O volume movimentado no
pregão de ontem, de R$ 1,28 bilhão, foi inflado por um leilão de
ações Tele Centro Oeste Celular
Participações. No negócio, que girou R$ 538,8 milhões, a Telesp Celular Participações aumentou sua
participação na Tele Centro Oeste
Celular de 61,1% do capital votante para 86,6%.
O dólar encerrou as operações
vendido a R$ 2,943. No mês, a
moeda norte-americana está com
valorização de 2,7% diante do
real.
Um dos fatores que têm feito o
dólar subir recentemente é a decisão do Banco Central de renovar
cada vez parcelas menores de sua
dívida cambial.
O BC vai renovar, no máximo,
cerca de US$ 540 milhões da dívida de US$ 2,2 bilhões que vence
no próximo dia 1º. A autoridade
monetária vai receber hoje as propostas das instituições financeiras
detentoras dos papéis vincendos
para decidir quanto vai rolar da
dívida.
Quando o BC deixa de renovar
uma parte de sua dívida cambial,
diminui a disponibilidade de papéis no mercado que servem para
empresas e bancos fazerem hedge
(proteção contra oscilações da
moeda), o quer pode pressionar a
cotação do dólar.
No mercado internacional, os
C-Bonds, títulos da dívida brasileira de maior negociação, bateram mais um recorde ontem. Os
títulos encerraram o dia vendidos
a US$ 0,9500, valor nunca alcançado antes.
(FABRICIO VIEIRA)
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