São Paulo, segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Opep diz que a produção de petróleo será suficiente

Ao final de cúpula em Riad, na Arábia Saudita, países produtores dizem que garantirão a estabilidade do mercado, visando o desenvolvimento econômico e social

Tema da queda do dólar fica de fora da Declaração de Riad; Chávez diz que, se EUA atacarem Irã, preço do barril de petróleo vai a US$ 200

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) encerrou ontem sua 3ª Cúpula de Chefes de Estado, em Riad, na Arábia Saudita, com o compromisso de garantir o abastecimento adequado ao mercado internacional de petróleo e contribuir para o combate às mudanças climáticas.
A terceira cúpula da organização em 47 anos de história ocorreu em meio aos altos preços do petróleo, próximos de US$ 100 o barril, e à forte desvalorização do dólar.
A participação do presidente do Equador, Rafael Correa, no encontro validou a reincorporação do país à Opep -grupo que tinha deixado em 1992.
A Declaração de Riad destacou especialmente a importância de conseguir a estabilidade do mercado mundial de petróleo, "não só para a conservação dos recursos, mas também para o desenvolvimento econômico e social" e "continuar fornecendo provisões de petróleo adequadas, econômicas e confiáveis aos mercados mundiais".
Segundo o ministro de Energia argelino, Chakib Khelil, o principal ponto do documento é "a estratégia a longo prazo da organização" para estabilizar o mercado petrolífero mundial.
Na abertura do encontro, no sábado, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, classificou como "justo" o preço do petróleo beirando US$ 100 o barril.
O presidente venezuelano cobrou uma postura mais política do grupo, e destacou que "a Opep nasceu como um ator geopolítico, não como um bloco econômico ou tecnocrata".
Chávez disse ainda que o petróleo pode bater a marca de US$ 200 por barril caso os EUA ataquem o Irã. O presidente venezuelano voltou a falar sobre a desvalorização da moeda americana. "A queda do dólar é a queda do Império. Temos que estar preparados para isso", disse à imprensa.
A Arábia Saudita não permitiu que o tema da depreciação do dólar, como proposto por Irã e Venezuela, entrasse na Declaração de Riad por temer que isso aceleraria a queda.
As discussões entre os representantes do países-membros sobre o dólar ocorreram em reunião fechada que antecedeu à abertura da cúpula. Por um erro, foram retransmitidas à sala de imprensa.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Energia e preço dos alimentos preocupam G20
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.