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Opep diz que a produção de petróleo será suficiente
Ao final de cúpula em Riad, na Arábia Saudita, países produtores dizem que
garantirão a estabilidade do mercado, visando o desenvolvimento econômico e social
Tema da queda do dólar fica
de fora da Declaração de
Riad; Chávez diz que, se EUA
atacarem Irã, preço do barril
de petróleo vai a US$ 200
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Opep (Organização dos
Países Exportadores de Petróleo) encerrou ontem sua 3ª Cúpula de Chefes de Estado, em
Riad, na Arábia Saudita, com o
compromisso de garantir o
abastecimento adequado ao
mercado internacional de petróleo e contribuir para o combate às mudanças climáticas.
A terceira cúpula da organização em 47 anos de história
ocorreu em meio aos altos preços do petróleo, próximos de
US$ 100 o barril, e à forte desvalorização do dólar.
A participação do presidente
do Equador, Rafael Correa, no
encontro validou a reincorporação do país à Opep -grupo
que tinha deixado em 1992.
A Declaração de Riad destacou especialmente a importância de conseguir a estabilidade
do mercado mundial de petróleo, "não só para a conservação
dos recursos, mas também para
o desenvolvimento econômico
e social" e "continuar fornecendo provisões de petróleo adequadas, econômicas e confiáveis aos mercados mundiais".
Segundo o ministro de Energia argelino, Chakib Khelil, o
principal ponto do documento
é "a estratégia a longo prazo da
organização" para estabilizar o
mercado petrolífero mundial.
Na abertura do encontro, no
sábado, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, classificou
como "justo" o preço do petróleo beirando US$ 100 o barril.
O presidente venezuelano
cobrou uma postura mais política do grupo, e destacou que "a
Opep nasceu como um ator
geopolítico, não como um bloco econômico ou tecnocrata".
Chávez disse ainda que o petróleo pode bater a marca de
US$ 200 por barril caso os EUA
ataquem o Irã. O presidente venezuelano voltou a falar sobre a
desvalorização da moeda americana. "A queda do dólar é a
queda do Império. Temos que
estar preparados para isso",
disse à imprensa.
A Arábia Saudita não permitiu que o tema da depreciação
do dólar, como proposto por
Irã e Venezuela, entrasse na
Declaração de Riad por temer
que isso aceleraria a queda.
As discussões entre os representantes do países-membros
sobre o dólar ocorreram em
reunião fechada que antecedeu
à abertura da cúpula. Por um
erro, foram retransmitidas à
sala de imprensa.
Com agências internacionais
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