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Autopeças deve demitir 5.000 no PR, diz sindicato
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Usando como justificativa a crise global, os setores de autopeças e montadoras do Paraná devem
começar a demitir a partir
de janeiro, após o período
de férias coletivas.
Cerca de 5.000 postos
de trabalho deverão ser
atingidos, caso os efeitos
da crise não sejam revertidos. A informação é do
presidente do Sindicato
das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Paraná,
Roberto Karam.
De acordo com o presidente do sindicato, as empresas do setor automotivo não estão recebendo
pedidos novos. Ele disse
que a estimativa é que o nível de produção no segundo semestre de 2008 seja
25% menor do que o registrado no primeiro semestre deste ano. O Paraná
reúne o segundo maior pólo automotivo do país,
atrás de São Paulo.
Os problemas estão
ocorrendo por causa da
falta de crédito, que atinge
o consumo. "Os bancos
não estão emprestando dinheiro porque não sabem
se vão receber. É preciso
que eles voltem a financiar
crédito com juros menores e prazos maiores. Se
voltarem essas facilidades,
podemos tentar reverter a
situação", disse Karam.
A assessoria do Sinfavea, que representa as
montadoras, disse que não
faria comentários sobre o
prognóstico do Sindimetal
do Paraná. "A avaliação é
dele [Karam]. No nosso setor, há férias coletivas, e
não demissões", disse.
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