São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 2006

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Mercado já prevê PIB abaixo de 2,8%

ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Os analistas do mercado financeiro promoveram a sexta redução semanal consecutiva na previsão para o crescimento da economia neste ano.
A expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) caiu de 2,80% na semana passada para 2,76% nesta semana, segundo dados que fazem parte do boletim "Focus", elaborado pelo Banco Central a partir de consultas a mais de cem instituições financeiras.
O resultado é bastante fraco quando comparado às expectativas do começo do ano. O presidente Lula chegou a prever expansão econômica de 5%. Neste mês, entretanto, o ministro Guido Mantega (Fazenda) admitiu que a alta poderá ficar abaixo de 3%.
Para o ano que vem, a estimativa de crescimento dos analistas foi mantida em 3,5%.
O pessimismo do mercado sobre a economia brasileira só se acentuou nos últimos meses devido à dificuldade da economia em reagir após a desaceleração observada no segundo trimestre deste ano.
Mesmo após o Banco Central reduzir a taxa básica de juros da economia (Selic) de 19,75% ao ano em setembro de 2005 para os atuais 13,25% não foram observadas grandes variações na demanda.
Segundo o boletim "Focus", a produção industrial deve crescer 3,09% neste ano e 4% em 2007 -mesmas expectativas da semana passada.

Juros e inflação
Já a previsão para os juros é de corte de 0,25 ponto percentual na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) em janeiro, para 13% ao ano. Na ata da última reunião, que reduziu a taxa para 13,25%, o Copom indicou que poderá reduzir o ritmo de cortes. Nas últimas reuniões, a redução da taxa foi de 0,5 ponto percentual a cada 45 dias.
Até o final do ano que vem, os analistas esperam que a taxa básica chegue a 12% ao ano.
Sobre a inflação, a previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2006 foi mantida em 3,11% e, para 2006, foi reduzida de 4,09% para 4,06%. A meta do governo é inflação de 4,5% a cada ano, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.


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