São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 2006

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EUA têm maior déficit em conta corrente da história

Valor, de US$ 225,5 bi no 3º tri, equivale a 6,8% do PIB

DA REDAÇÃO

O déficit em conta corrente dos EUA chegou a US$ 225,6 bilhões no terceiro trimestre, atingindo seu recorde histórico. O valor, que equivale a 6,8% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, representa um crescimento de 3,9% em relação aos três meses anteriores.
A alta foi puxada principalmente pelas importações de petróleo. Em julho, a commodity atingiu o recorde de US$ 78,40, em Nova York.
A maior marca até então tinha sido a do quarto trimestre do ano passado, quando o déficit americano em conta corrente chegou a US$ 223,1 bilhões. No segundo trimestre deste ano, o montante foi de US$ 217,1 bilhões, equivalente a 6,6% do PIB.
Mesmo com a queda recente nos preços do petróleo, a expectativa é a de que o déficit anual também seja recorde, superando os US$ 791,5 bilhões do ano passado. Para o economista Nigel Gault, da empresa Global Insight, ele deverá ser de US$ 866 bilhões em 2006, caindo para US$ 816 bilhões no próximo ano. Nos nove primeiros meses deste ano, o déficit em corrente corrente americano é de US$ 655,9 bilhões.
O índice leva em conta não apenas as importações e as exportações mas também o fluxos de investimentos. Por meio dele, os economistas podem acompanhar o valor que os EUA precisam pegar emprestado no exterior para compensar o déficit do país.
A China é apontada pela oposição democrata como uma das principais responsáveis pelo déficit americano. O país asiático tem registrado superávits consecutivos nas relações comerciais com os EUA.
Na semana passada, uma delegação do governo americano, liderada pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson, foi à China para discutir os problemas nas transações comerciais entre os dois países. No entanto, não houve grandes avanços nas discussões.
Uma das principais reclamações do governo Bush é que a moeda chinesa, o yuan, está subvalorizada, favorecendo as exportações asiáticas e prejudicando as exportações dos EUA.


Com agências internacionais

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