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Brasil e EUA querem promover etanol como energia alternativa
Países e BID criam comissão com o objetivo de divulgar combustível nas Américas
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi assinado ontem, em Miami, na Flórida, o tratado que
cria a Comissão Interamericana do Etanol, entidade privada
lançada por EUA, Brasil e o BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento) com a proposta de promover o uso do combustível como alternativa ao
petróleo nas Américas.
A comissão surgiu a partir do
patrocínio do governador da
Flórida, Jeb Bush, e do ex-ministro brasileiro da Agricultura
e atual presidente do Conselho
Superior de Agricultura, Roberto Rodrigues, além do presidente do BID, Luis Alberto Moreno. Brasil e EUA são os países
líderes na produção do etanol,
com cerca de 16 bilhões de litros anuais cada um.
"Nos últimos 35 anos, venho
pensando como a humanidade
foi estúpida em construir uma
civilização inteira a base de petróleo, que é algo que um dia vai
acabar", discursou Rodrigues
ontem, segundo a imprensa
americana, durante o lançamento da comissão. "Combustíveis alternativos, com o etanol, prometem reduzir a dependência dos EUA do petróleo
estrangeiro", disse o governador da Flórida.
A intenção dos Estados Unidos é desenvolver um programa de substituição de gasolina
para todas as Américas. Só nos
Estados Unidos, a substituição
pode gerar uma demanda de 80
bilhões de litros de etanol.
"A comissão vai ter uma atividade bastante ampla de promover e identificar o potencial
de demanda de etanol nos principais mercados", afirmou o diretor de comércio exterior da
Fiesp, Roberto Giannetti da
Fonseca. "A idéia é realizar um
trabalho de marketing internacional, com a realização de seminários, debates, artigos e
participações em eventos em
todo o mundo", explicou.
A idéia, segundo ele, é "tornar o etanol uma commodity".
"Hoje, o etanol já está listado
em Bolsa, mas não tem muita
liquidez. Para que isso ocorra, é
necessário mais divulgação, um
trabalho quase didático e promocional de suas vantagens."
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