São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

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EUA afirmam que concordata das montadoras já é "opção"

DA REDAÇÃO

A concordata das montadoras, que antes não era uma alternativa, agora passou pela primeira vez a ser considerada uma "opção" pelo governo dos EUA. A Casa Branca disse que a "concordata ordenada" é uma das opções que estão sendo estudadas para ajudar o setor.
Um dia depois de a Chrysler anunciar o fechamento por um mês de todas as suas fábricas na América do Norte e de a Ford ampliar em uma semana a suspensão da produção em parte das suas unidades, o governo americano disse que estava estudando seriamente uma concordata das montadoras. "Existe uma maneira ordenada de realizar concordata, que garante um pouso mais suave", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, ressaltando que essa não será necessariamente a opção a ser seguida.
De acordo com a porta-voz, o "colapso desordenado" não é uma das alternativas consideradas pelo governo. Por colapso desordenado, diz ela, entenda-se "algo muito caótico, que seja um choque para o sistema".
Nesse cenário, uma das alternativas é que o governo dê as condições financeiras para que GM e Chrysler -as duas montadoras que precisam mais desesperadamente de dinheiro- continuem operando pelos próximos meses, enquanto um representante da Casa Branca, uma espécie de czar, trabalharia com as empresas os rumos que elas precisam tomar para sair da crise. Segundo o "New York Times", o governo George W. Bush espera chegar a um acordo com até o dia 25.
Questionado, Bush afirmou que ainda não está definido qual plano será adotado, mas que não pretende deixar uma "grande catástrofe" para o seu sucessor, Barack Obama. Ele disse estar "preocupado com uma concordata desordenada" e com os efeitos psicológicos que ela teria sobre o o mercado.
Em crise, GM e Chrysler teriam voltado a negociar uma fusão, segundo o "Wall Street Journal". A GM, porém, negou a retomada das negociações.

Com o "New York Times"



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