ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
DA REDAÇÃO

Com a economia americana caminhando para a pior recessão em mais de 25 anos, a equipe de transição do presidente eleito Barack Obama está elaborando um pacote de estímulo de até US$ 775 bilhões (pouco mais de 5% do PIB dos Estados Unidos ou mais da metade do brasileiro), a serem gastos ao longo de dois anos.
A expectativa, porém, é que a lei final que o presidente eleito assinará seja ainda mais robusta. Um conselheiro de Obama fala que ele pode ultrapassar os US$ 850 bilhões. O pacote deve incluir cortes de impostos para os contribuintes, ajuda aos governos estaduais e gastos em áreas como infra-estrutura.
Durante a apresentação da futura presidente da SEC (órgão que fiscaliza e regulamenta o mercado de valores mobiliários americano), Mary Schapiro, Obama afirmou que, apesar de apoiar as iniciativas necessárias para tirar o país da crise, ainda se preocupa -ao menos no longo prazo- com o equilíbrio fiscal e com o déficit orçamentário que vai herdar.
E, pelo menos nos primeiros meses, os indicadores apontam que Obama vai pegar uma economia se contraindo. Um dos principais termômetros sobre o futuro da economia norte-americana teve a maior queda anual desde 1991. No mês passado, os indicadores antecedentes, elaborados pelo Conference Board, caíram 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado. E a divisão do Fed (o BC americano) de Dallas prevê que o PIB se contrairá em até 5% neste trimestre.


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