São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 2009

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GM decide fechar montadora sueca Saab

Decisão ocorre após o fracasso na tentativa de venda da filial como parte de seu processo de recuperação

DA FOLHA ONLINE
DA FRANCE PRESSE

A General Motors anunciou ontem que vai fechar sua filial sueca Saab, após fracassar a tentativa de vendê-la ao grupo holandês Spyker.
"Trabalharemos em estrita colaboração com a Saab para pôr fim às atividades da empresa de maneira ordenada e responsável", declarou o presidente de atividades europeias da GM, Nick Reilly, por meio de comunicado.
"Apesar dos esforços de todos os envolvidos, tornou-se evidente que as medidas de estudo de contas exigidas para realizar esta transação complexa não poderiam ser concluídos a tempo, e para continuar com suas operações, a Saab necessitava de uma decisão rápida", explicou Reilly.
A GM procura uma compradora para a Saab desde janeiro, como parte do seu processo de reestruturação devido às dificuldades financeiras que atravessa. O grupo automotivo sueco Koenigsegg foi o primeiro a entrar em negociação, mas desistiu da compra no mês passado. Desde então a GM negociava com a Spyker.
No ano passado, a Saab respondeu por apenas 1,1% das vendas mundiais da GM, com 93.295 veículos vendidos -o mesmo nível de produção de 1990. O fabricante emprega cerca de 3.400 pessoas.

Empréstimos
Ontem, a GM anunciou também que já efetuou a devolução de parte das ajudas financeiras que recebeu dos governos dos Estados Unidos e do Canadá.
A empresa devolveu US$ 1 bilhão ao governo americano e US$ 192 milhões ao canadense.
O plano da diretoria da GM é devolver o valor total dos empréstimos -US$ 6,7 bilhões aos EUA e US$ 1,4 bilhão ao Canadá- até junho de 2010. Porém, o executivo-chefe da montadora, Ed Whitacre Jr., informou que esse plano só se concretizará se não houver mais contratempos na economia americana nem nos negócios da empresa.
A GM pegou empréstimos de US$ 52 bilhões junto ao governo americano, mas apenas US$ 6,7 bilhões em dinheiro. O restante virou uma participação de aproximadamente 61% na companhia, que devem ser pagos quando a montadora vender as ações, o que pode ocorrer até o final de 2010.


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