São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Orçamento real José Amauri Dimarzio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, diz que terá um orçamento de R$ 450 milhões para os diversos programas a serem desenvolvidos neste ano. Esse valor supera em 42% os R$ 316 milhões do ano passado. A defesa sanitária será uma das prioridades. Sanidade animal Dimarzio diz que já tem garantidos R$ 68 milhões para a defesa sanitária, um valor bem superior aos R$ 10 milhões de 2003. O secretario pleiteia outros R$ 60 milhões para aprimorar o controle sanitário animal, que deverá começar nas próprias fazendas. "Entristece ouvir falar que ainda se utilize cama de frango", diz ele. Mais que a média O balanço da vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso trouxe outro dado: o rebanho do Estado cresceu mais que a média histórica de 1 milhão de cabeças. Em 2003, foram 2,45 milhões a mais. Dinheiro privado O Ministério da Agricultura estuda a criação de fundos de investimento no agronegócio e emissão de letras de comércio agrícola para financiar a produção primária, para atrair recursos privados ao setor. Sinal verde As conversações dos ministros da Agricultura e do Desenvolvimento com japoneses, coreanos e taiwaneses sobre as exportações de carnes poderão dar resultado. Esses países asiáticos necessitam do produto, e as pré-conversas mostraram interesse deles pela carne brasileira. Eles não aceitam carne brasileira devido à febre aftosa em algumas regiões do país. Ritmo menor A indústria de ração interrompeu o ciclo de avanços dos últimos anos e teve redução de 2% no ano passado. Segundo o presidente do Sindirações, Mario Sergio Cutait, a produção recuou para 40,8 milhões de toneladas, contra 41,6 milhões em 2002. Um 2004 melhor Cutait diz que o setor de rações sofreu os efeitos das retrações da renda e do emprego no país, o que derrubou a produção. Para 2004, o setor espera crescer 5%, com a produção ficando próxima dos 43 milhões de toneladas. Pode não cair Os preços do frango não devem cair nesta semana em São Paulo, diz Deives Faria da Silva, da FNP. Os frigoríficos voltaram a abater, mas uma recuperação do consumo é esperada apenas para fevereiro. As vendas no atacado continuam fracas. Prejuízo Os produtores de frango amargam prejuízo nestas últimas semanas, diz Faria. As vendas na granja são feitas por R$ 1,30 por quilo de ave viva, mas os custos de produção somam R$ 1,42. Os produtores esperam queda no milho com a chegada da safra. Queda acentuada Os preços recebidos pelos produtores agrícolas continuam em queda. Nos últimos 30 dias até 15 deste mês, recuaram 1,43%. Nelson Martin, coordenador da pesquisa, feita pelo Instituto de Economia Agrícola, destaca as quedas de batata (25%), frango (14%) e leite (6%). E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bovespa fecha pregão com ganho de 1% Próximo Texto: Agrofolha Gado doente: SP tem 1 veterinário por 127,7 mil cabeças Índice |
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