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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Crise e alta do ouro elevam a procura por penhor de joias
A procura por penhor de
joias cresceu no ano passado. A
linha de crédito da Caixa Econômica Federal realizou empréstimos que somaram R$ 5,4
bilhões em 2009, o que representa aumento de 6,3% em relação ao ano anterior.
Em dezembro, o saldo da carteira de penhor (o volume contratado menos as liquidações)
era de R$ 758 milhões, 18% acima do de dezembro de 2008.
A procura por esse tipo de
crédito aconteceu "em consequência da crise financeira e da
valorização do preço do ouro",
de acordo com Jorge Pedro de
Lima Filho, gerente nacional
de aplicação de pessoa física da
Caixa. Os números também revelam que houve aumento da
permanência do contrato por
mais tempo, diz Lima Filho.
Como uma das linhas de financiamento mais tradicionais
e populares, o penhor é atrativo
graças às facilidades de acesso
ao crédito e juros baixos.
O empréstimo corresponde a
85% do valor de avaliação da
joia, e o limite máximo de financiamento é de R$ 50 mil.
Por ter o bem como garantia, a
inadimplência é baixa, de 0,2%.
As taxas de juros cobradas
são abaixo da média do mercado. No micropenhor, para empréstimos até R$ 1.500, os juros
são de 1,68% ao mês, com prazo
máximo para pagamento de
180 dias. Já na modalidade tradicional, acima de R$ 1.500, as
taxas são de 2,05% ao mês.
Para o final de 2010, a expectativa da Caixa é que o saldo da
carteira atinja R$ 900 milhões.
Para facilitar o acesso ao crédito, o banco quer aumentar o
número de agências que oferece o serviço, de 438 para 500, e
ampliar a base territorial de
atendimento. O banco está expandindo o penhor itinerante,
que permite que o crédito chegue a microrregiões, por meio
de um avaliador que transita
entre as agências.
Segundo pesquisa da Caixa, o
penhor de joias é usado na
maioria das vezes por mulheres, entre 30 e 45 anos, e para o
pagamento de dívidas pessoais.
A maioria dos empréstimos
acorre no primeiro semestre,
quando as pessoas enfrentam
mais dificuldades financeiras,
segundo Lima Filho.
PASSO A PASSO
A Calçados Bibi vai ampliar os investimentos na linha
de calçados fisiológicos. Hoje 60% da produção da empresa de calçados infantis é feita com a tecnologia patenteada chamada Fisioflex. Com base em estudos com médicos especialistas em ortopedia e pediatria, a companhia criou uma palmilha que não interfere no desenvolvimento dos pés, ativando pequenos músculos do corpo.
Os calçados custam nas lojas, em média, de R$ 60 a R$
140. A Bibi deve crescer 23% neste ano, puxada, principalmente, pelas vendas dos calçados fisiológicos, segundo Marlin Kohlrausch, presidente da companhia. A expectativa da empresa é comercializar 3,2 milhões de pares neste ano, com faturamento de R$ 115 milhões. Segundo pesquisa realizada nos EUA, pelo grupo NPD, o
mercado de calçados fisiológicos está em alta. Eles geram quase 25% do volume do setor calçadista no país.
OTIMISMO 1
Ao contrário do início de
2009, neste ano, o índice de
confiança do consumidor,
medido pela Fecomercio SP,
abriu janeiro com patamar
recorde. O indicador alcançou 158,7 pontos, alta de
2,2% em relação ao fechamento de dezembro, quando
registrou 155,2 pontos. Acima de cem o índice é considerado otimista.
OTIMISMO 2
Na comparação com janeiro de 2009, quando o
comportamento do consumidor foi afetado pela crise,
o índice apresentou crescimento de 27,5%.
DETERGENTE
A Abipla (associação das
indústrias de produtos de
limpeza) espera registrar
economia de US$ 38 milhões nos próximos 12 meses, devido à manutenção da
redução da alíquota de 10%
para 2% do Imposto de Importação de algumas mercadorias usadas como matéria-prima na indústria.
ÁGUA SANITÁRIA
O setor de produtos de
limpeza registrou faturamento superior a R$ 12 bilhões em 2009, com crescimento de 7% ante o ano anterior. Para 2010, a previsão
é de 10%, segundo a Abipla.
GOTA A GOTA
Neste ano, a AmBev irá investir R$ 20,3 milhões em
projetos ambientais. A empresa pretende monitorar
todo o volume de água gasto
na sua cadeia produtiva, desde a produção de cevada até
o ponto de venda.
MACA
Autoridades de vigilância
sanitária de todo o mundo se
reunirão entre os dias 26 e
29, em SP. Na pauta: a harmonização regulatória global dos produtos para a saúde. Haverá representantes
de EUA, Austrália, Argentina, Canadá, México, Japão,
Holanda, Bélgica e outros.
DOS PÉS À CABEÇA
O evento anual São Paulo
Prêt-à-Porter, que será inaugurado em janeiro de 2011,
paralelamente à feira de calçados e acessórios Couromoda, terá como parceiro o grupo italiano responsável pelas
feiras Pitti Uomo/Donna, de
Florença.
CALENDÁRIO
Francisco Santos, presidente do Grupo Couromoda,
quer trazer 1.500 expositores para a primeira edição do
evento. O objetivo do grupo,
que também é dono de feiras
de beleza e saúde, é promover uma semana internacional de moda e negócios.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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