DA FOLHA ONLINE

As construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa anunciaram que formarão um consórcio para disputar o leilão da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). As empresas confirmam a parceria, mas não comentam detalhes.
O governo quer que pelo menos dois consórcios participem do leilão, cuja data ainda não está marcada. Para defini-la, o governo ainda precisa que a obra receba licenciamento prévio ambiental para que possa definir as regras do leilão.
A dobradinha da Camargo Corrêa com Odebrecht surpreendeu o mercado porque ambas são oponentes históricas. As duas construtoras rivalizaram durante todo o processo de concessão das hidrelétricas do rio Madeira. A disputa chegou ao Ministério da Justiça, mobilizando a SDE (Secretaria de Direito Econômico).
Especulava-se que a Odebrecht estaria no consórcio da Andrade Gutierrez. A empresa anunciou que irá liderar um grupo concorrente para Belo Monte.
Essa usina é o empreendimento mais estratégico do setor energético do atual governo. Está prevista para entregar energia a partir de 2015. Serão 11.200 MW de potência e há estimativas de que a sua construção poderá custar até R$ 30 bilhões. Por isso, os consórcios deverão contar com empresas que aceitem riscos financeiros e desafios de engenharia de grande porte.
A formação dos consórcios para Belo Monte só não ocorreu antes porque o cronograma do governo atrasou um ano devido ao licenciamento ambiental. A expectativa é a de que a licença prévia saia em fevereiro.


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