DA AGÊNCIA FOLHA

A crise global afetou os resultados da Gerdau e da Usiminas no último trimestre de 2008. A Gerdau anunciou que o lucro líquido no período foi de R$ 311 milhões -queda de 67,1% ante o mesmo período de 2007.
Na Usiminas, as vendas físicas no último trimestre de 2008, comparadas com o período equivalente de 2007, tiverem recuo de 26%. Ainda assim, o grupo siderúrgico teve crescimento de 2% no lucro líquido em relação ao ano anterior e obteve resultado melhor com a geração operacional de caixa (Ebitda, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação), com 20% de alta.
O reflexo da crise levou o grupo a rever custos e prazos de um importante investimento que está programado: a criação de uma nova unidade próxima a Ipatinga, na região do Vale do Aço, conforme informou o presidente da Usiminas, Marco Antônio Castello Branco.
No ano, a Usiminas lucrou R$ 3,2 bilhões. O resultado, segundo a empresa, vem principalmente do acréscimo na receita líquida nos três primeiros trimestres e de ganhos em participação em controladas, "compensando o aumento de custos e despesas financeiras".
No resultado financeiro de 2008, foi contabilizada despesa de R$ 1,2 bilhão, ante apenas R$ 6,2 milhões em 2007. Isso ocorreu por causa do crescimento da dívida, que no fim de dezembro somava US$ 3,1 bilhões -era US$ 1,7 bilhão em dezembro de 2007. Outro motivo foi a desvalorização do real.
O presidente do grupo disse que a crise levou a Usiminas a se reorganizar internamente com novas práticas de administração, visando a uma economia de R$ 1,2 bilhão nos custos.

Gerdau
A Gerdau atribui a queda no lucro líquido à redução das vendas, à mudança do valor dos estoques e ao efeito da variação cambial sobre dívidas.
Os resultados do trimestre mostraram também que a produção de aço da empresa caiu 33,7% em relação ao mesmo período de 2007. Segundo a Gerdau, porém, o faturamento bruto cresceu, no último trimestre de 2008, 16% em comparação com o mesmo período de 2007. A empresa diz que esse resultado também é influenciado pela variação cambial.
A situação da economia também provocou mudanças de planos na Gerdau. Segundo a empresa, a queda na demanda por aço levou à prorrogação de investimentos que já tinham sido anunciados. A crise levou ainda a indústria a antecipar paradas programadas de manutenção e férias de funcionários. A empresa, porém, diz que a situação deve melhorar nos próximos meses após medidas de estímulo a investimentos tomadas em vários países.


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