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Britânico Barclays negocia aquisição do ABN Amro
Compra formaria um dos 5 maiores bancos do mundo
DA REDAÇÃO
O Barclays anunciou ontem
que está mantendo "negociações exclusivas" para a compra
do ABN Amro, no que poderá
vir a ser a maior aquisição do
setor de serviços financeiros já
realizada em todo o mundo. O
negócio pode ultrapassar os
US$ 80 bilhões, segundo pessoas ligadas ao assunto.
Com a aquisição da instituição holandesa, que possui
agências em 53 países, o Barclays, do Reino Unido, passaria
a ser um dos cinco maiores
bancos do mundo -atualmente está na 15ª posição. Juntos,
eles teriam negócios em quase
todos os principais mercados
mundiais.
O negócio permitiria ao banco britânico ter uma forte penetração no mercado brasileiro, além de Ásia e Holanda. O
ABN Real ficou em terceiro lugar no ranking dos maiores
bancos privados do país no ano
passado, de acordo com lista
elaborada pelo Banco Central,
superado por Bradesco e Itaú.
Os holandeses compraram o
Banco Real em 1998, por US$ 2
bilhões. No ano passado, o ABN
Amro, que conta com cerca de
13,1 milhões de clientes no Brasil, teve lucro de R$ 2 bilhões no
país, valor 43% superior ao resultado de 2005, quando a instituição registrou um lucro de
R$ 1,4 bilhão.
Metade do lucro do Barclays
(aproximadamente US$ 6,9 bilhões) já vem de fora do Reino
Unido e ele está tentando aumentar a sua participação em
mercados com altos índices de
crescimento econômico, como
Índia, África e Oriente Médio.
John Varley, principal executivo do banco britânico, afirmou a analistas um mês atrás
que pretendia promover um
crescimento "agressivo" para a
instituição.
Ontem, após informações de
que os dois bancos estavam em
negociações, as ações do ABN
Amro se valorizaram 9,7%, o
que avalia a empresa em cerca
de US$ 76 bilhões. Já as ações
do Barclays caíram 0,8%.
Problemas
As discussões acontecem no
momento em que Rijkman
Groenink, principal executivo
do ABN, está defendendo sua
empresa contra as solicitações
de acionistas, entre os quais o
The Children's Investment
Fund, para que o banco seja
desmembrado ou vendido.
Atualmente, o banco tenta
cortar os gastos referentes à
compra do italiano Banca Antonveneta, em 2006, e reduzir
despesas relativas a empréstimos não-quitados nos EUA, na
América Latina e em Taiwan.
A negociação com o Barclays
surge depois de várias especulações de que bancos como
BNP Paribas, Société Générale
e BBVA estariam interessados.
Com agências internacionais
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