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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Baixa produtividade reduz crescimento da AL
O baixo crescimento da produtividade é apontado como a
principal razão para os países
da América Latina e do Caribe
apresentarem crescimento inferior ao dos países avançados.
A conclusão é de estudo realizado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que analisou os ganhos e as
perdas de produtividade de 76
países em relação aos EUA.
O Chile foi o único país da região em que a produtividade
cresceu na comparação com os
EUA. De acordo com o levantamento, o aumento foi de 19%
no período de 1960 a 2005.
O Brasil foi um dos países em
que a produtividade caiu menos em relação aos EUA, com
queda de 2% no período.
O estudo rompe com a noção
comum de que a região sofre
escassez de investimentos.
Com políticas que promovam
uma melhor utilização dos recursos existentes, a América
Latina poderia acelerar o crescimento econômico e reduzir a
diferença de renda per capita
em relação às nações industrializadas, segundo o relatório elaborado pelo BID.
De acordo com o levantamento, os custos elevados de
transporte, o crédito escasso e
os altos impostos são apontados como os principais fatores
para a baixa produtividade no
continente latino.
O estudo sugere que o crescimento econômico poderia melhorar com regimes tributários
simplificados e com políticas
voltadas para fornecer bens públicos essenciais, como infraestrutura, bem como medidas para promover a inovação tecnológica no setor privado.
O BID analisou a produtividade em vários segmentos da
economia. A agricultura é o setor que apresenta o maior crescimento, embora o avanço seja
ainda inferior à média mundial.
O pior desempenho foi o do
setor de serviços, que emprega
cerca de 70% da força de trabalho na região.
"BNDES CHINÊS"
Com o apoio do China Development Bank Corporation,
será realizado o seminário "Oportunidades de Negócio no
Setor de Petróleo e Gás no Brasil", de quinta-feira a domingo, da semana que vem, em Pequim, Xangai e Dalian,
na China. Representantes do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social), da Petrobras e do
Prominp (programa do governo para o setor), além de
empresários do setor de energia, fazem parte da missão
do Brasil.
ARTE SUPERA CRISE
A sexta edição da SP
Arte, feira anual de arte
que vai reunir 81 galerias na Bienal, entre os
dias 28 de abril e 2 de
maio, está com 40 galerias na lista de espera
-30 nacionais e dez internacionais.
A situação reflete o
modo como o mercado
brasileiro de arte superou a crise, afirma Fernanda Feitosa, diretora-geral da feira.
"As turbulências afetaram muito os mercados de arte no mundo,
pois os grandes bônus
vinham estimulando as
vendas. A edição de
2009 foi a primeira da
feira em um cenário
desfavorável. Mas o país
não sofreu tanto, pois
os artistas brasileiros
não estavam com os
preços inflados."
A fila de espera não
será toda atendida, pois
a ideia é que o crescimento da feira acompanhe o amadurecimento
do mercado consumidor
no país. "Não quero dar
ideia de feira vazia."
A feira de 2009 girou
cerca de US$ 15 milhões. "Sem contar os
negócios pós-feira, que
não tenho como contar." Para este ano, são
esperadas 15 mil pessoas. Serão expostas
2.500 obras modernas e
contemporâneas, que
podem custar de R$
1.500 a R$ 1 milhão.
MODA EXECUTIVA
Esmaltes de cores berrantes no trabalho. Sim ou não?
A última moda dos esmaltes, em tons chamativos de
azul, amarelo e verde, deve
ficar fora dos escritórios.
Yolanda Cerqueira Leite,
vice-presidente da Whirlpool, diz que as cores "lembram adolescente" e, portanto, não combinam com
atitude profissional.
"Em uma reunião de trabalho não fica bem chamar a
atenção do interlocutor para
as suas unhas", afirma.
Em ambientes descontraídos, como agências de publicidade, as cores até podem
entrar. Nos ambientes de
empresas formais e escritórios de advocacia alguns tons
de vermelho são válidos.
"Sou a favor do vermelho,
com bom senso", diz.
Outra executiva reconhecida pela elegância, Isabel
Gomes, diretora da 3M, diz
que "discrição é característica importante no trabalho,
principalmente quando se
está em posição de modelo".
Para ela, vermelho e rosa são
permitidos. "Principalmente se souber combinar com o
batom. Mas, as outras cores
chamativas é melhor deixar
para usar socialmente."
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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