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Grupo ligado a Sarney controla o Postalis
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Postalis, Alexej Predtechensky, fez na sua
gestão três investimentos milionários em empresas controladas por pessoas que aparecem na Operação Faktor da Polícia Federal (antiga Boi Barrica) como ligadas a suposto esquema do empresário Fernando Sarney que faria tráfico de
influência no setor elétrico.
Alexej foi indicado para o
cargo pelo ministro Edison Lobão (Minas e Energia), um dos
mais fiéis aliados do presidente
do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), pai de Fernando.
Até o ano passado, Alexej era
formalmente sócio de Marcio
Lobão, um dos filhos do ministro, em uma importadora de
carros BMW em Brasília.
No total, na gestão dele, foram investidos R$ 371,9 milhões em três empresas de
energia: a Multiner e em outras
duas vinculadas a ela -a Raesa
(Rio Amazonas Energia) e a
New Energy. O investimento
nas três empresas representa
50,06% do total destinado pelo
fundo ao setor.
O sócio da Multiner, José
Amilcar Boueri, aparece num
organograma preparado pela
PF, que mapeou o suposto esquema da família Sarney no setor elétrico.
Investimento
Um dos investimentos mais
polêmicos do Postalis é na
construção da termelétrica
Cristiano Rocha pela Raesa,
que abastece parte de Manaus.
A empresa recebeu R$ 153,3
milhões do fundo, o maior percentual destinado pelo Postalis
para um negócio no setor. A
aplicação foi feita em abril de
2006, dois meses depois de o
presidente do Postalis assumir
o cargo. A Raesa foi fundada
por Gianfranco Perasso e Flávio Lima, sócios indiretos na
época e apontados pela PF na
operação Faktor como braços
operacionais da suposta quadrilha comandada por Fernando Sarney. Os três são acusados
de tráfico de influência e formação de quadrilha no setor
elétrico.
O relatório da PF aponta Perasso e Lima como donos de
metade da empresa Tripartner
Participações, que, por sua vez,
é dona de 30% do capital da
Raesa, via outra empresa, a
2007 Participações. A fatia da
dupla equivaleria, segundo a
PF, a cerca de R$ 100 milhões.
(AM E LC)
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