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Embraer não vê "cenário de contratação"
Um ano após demitir 20% dos funcionários, fabricante de avião dobra lucro, mas ainda vê cenário de crise
ESTELITA HASS CARAZZAI
DA AGÊNCIA FOLHA
Pouco mais de um ano depois
de demitir 20% dos seus funcionários, a Embraer, terceira
maior fabricante de aviões do
mundo, não pensa em ampliar
seu quadro funcional. Anteontem, a companhia divulgou
que, em 2009, registrou lucro
líquido de R$ 894,6 milhões,
109% mais que no ano anterior.
Para a empresa, que bateu recorde de entrega de aeronaves
no ano passado, o mercado
mundial de aviação deve se recuperar plenamente da crise
econômica só em 2011. Até lá, a
política é apertar os cintos.
"Nosso cenário ainda não é
de contratação", afirma Luiz
Carlos Aguiar, vice-presidente
financeiro da Embraer. No ano
passado, apenas 23 jatos comerciais foram encomendados, ante 112 em 2008, num sinal de que a crise persiste.
Segundo a Embraer, o elevado crescimento do lucro em
2009 foi impactado pela valorização do real, que fez "inflar" os
números. No balanço que não
considera as variações cambiais, o lucro caiu 36%.
O Sindicato dos Metalúrgicos
de São José dos Campos (SP)
reclama de um "aumento abusivo" no ritmo de trabalho. No
ano passado, a Embraer operou
com uma equipe 20% menor
que no ano anterior, quando
entregou 40 aviões a menos.
Para a empresa, porém, no
ano passado boa parte da produção foi de aeronaves pequenas, que exigem um ciclo de
produção menos intenso.
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