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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Grupo americano sai do país e Telexpo não será realizada
A Telexpo, que durante anos
foi a maior feira de telecomunicações do Brasil, não será mais
realizada. A subsidiária brasileira do Questex Media, grupo
americano que realiza feiras,
congressos e é dono de 23 publicações em todo o mundo, entrou em processo de liqüidação
há duas semanas e encerrou as
operações no país. No fim do
ano passado, a empresa já tinha
decidido acabar com a revista
"RNT", uma das mais renomadas da área.
Realizada desde 1999, a Telexpo reunia os principais fabricantes de equipamentos e
serviços de telecomunicações.
Na edição de 2005, chegou a ter
400 expositores, 42 mil visitantes e gerou negócios da ordem
de R$ 100 milhões. Segundo a
empresa, o motivo para o encerramento da operação foi a
opção por dedicar-se aos mercados europeu e asiático.
O Questex não foi o único
grupo de mídia americano a
sair recentemente do inóspito
meio empresarial brasileiro.
Há um mês, o IDG Group mudou seu modelo de negócios no
país, fazendo uma operação conhecida como "management
buyout" (em que os controladores vendem a subsidiária para a equipe local que estava à
frente do negócio). Com isso, as
revistas "Computerworld",
"PC World", "CIO" e o site IDG
Now, todos do grupo IDG, ainda são publicados no Brasil,
mas como marcas licenciadas.
"O Brasil é muito diferente
para os americanos, principalmente no que diz respeito a
questões burocráticas", afirma
Silvia Bassi, presidente do IDG
no Brasil.
As dificuldades com a cultura
local - e baixo retorno sobre
investimentos - são os motivos apontados por analistas para a desistência do mercado
brasileiro. "Os americanos querem transpor seu modelo de
negócios para cá, mas isso não
funciona", diz Rogerio Roman,
gerente de convergência da
consultoria PricewaterhouseCoopers. "Aqui a rentabilidade
é menor e há muitos entraves
legais e tributários."
No caso do Questex, a empresa ainda enfrentou a concorrência da Futurecom, que se
tornou a principal feira de telecomunicações do país no lugar
da Telexpo.
"A Futurecom, no entanto, é
um lugar de relacionamento",
afirma Eduardo Tudi, presidente da consultoria Teleco.
"Há espaço para uma feira desse tipo em São Paulo, principalmente se ela abrigar pequenas e
médias empresas que não conseguem chegar nas operadoras
por vias tradicionais."
NA MAQUETE
A mostra de decoração Casa Cor, que em 2007 completa
21 anos, alcançou o maior número de patrocinadores de sua
história. Neste ano serão 14 marcas a apoiar o evento, entre
elas Deca, GM, "Casa Claudia", Luxaflex, Credicard Citi,
Semp Toshiba, Comgás, H2OH!, D&D Shopping e Gyotoku.
A mostra está sob gestão do Pátria Banco de Negócios.
"Também esperamos alcançar o recorde de visitantes, que
deve chegar a cem mil pessoas", afirma Cristina Ferraz, diretora do evento que comanda as obras de montagem desde
1999. A Casa Cor, que já opera no Peru, prepara-se para
abrir duas novas franquias no exterior, no Panamá e na Suécia, em junho e setembro respectivamente.
TERCEIRIZADO
Cerca de 90% das empresas planejam manter ou aumentar o nível de terceirização na área de tecnologia da
informação, segundo pesquisa da KPMG International, "Evolução Estratégica:
um exame global sobre terceirização". O estudo ouviu
650 organizações. Muitas
afirmaram que o valor estratégico da terceirização não é
medido com precisão, já que
72% dos clientes não têm
critérios específicos para essa avaliação. Segundo a pesquisa, os processos de seleção são longos e caros, 79%
dos clientes disseram não
poder quantificar o custo interno do processo e 50%
afirmaram que levaram
mais de seis meses para finalizar a seleção.
PROTESTOS
Em março, a apresentação
de títulos no Serviço Central
de Protesto de Títulos voltou a subir. Foram 233.692
títulos, contra 191.888 em fevereiro, segundo o Instituto
de Protestos de SP. Do total,
foram devolvidos como irregulares 24.041 títulos, que
por alguma razão não puderam ser sequer intimados.
CONSTRUÇÃO
A InPar vai começar a
atuar no Rio Grande do Sul
com empreendimentos residenciais destinados à classe
B. O primeiro deles será em
Porto Alegre e terá lançamento no início de maio.
Trata-se de uma parceria
com a construtora local Santa Fé.
DESPEDIDA
Depois de quatro anos como presidente da Sun Microsystems no Brasil, Cleber Morais deixou a empresa. Ainda sem
novo destino, ele pensa em tirar um período sabático antes de
aceitar nova empreitada. Durante sua gestão, a Sun cresceu
20% ao ano no país. Em seu lugar, assume interinamente Rodolfo Fontoura, diretor de vendas da filial do Rio de Janeiro.
NO PASTO
Entre os 8,4 milhões de
domicílios rurais brasileiros, 97% assistem TV, 44%
lêem jornais com freqüência
e 29% acessam a internet todos os dias. As informações
são a conclusão de uma pesquisa encomendada pela nova empresa de Nizan Guanaes, a N Idéias, que agora é
responsável pela consultoria do Canal Rural. O objetivo foi identificar os hábitos
dos moradores das zonas rurais do Brasil para reformular a grade de programação
da emissora. O levantamento aponta também que cerca
de 74% dos lares pesquisados possuem antenas parabólicas.
VALE-CULTURA
A francesa Sodexho vai
lançar, semana que vem, em
São Paulo, um tíquete para
cultura. Nos moldes do cartão refeição ou alimentação,
o Cultura Pass poderá ser
usado para ir ao cinema, ao
teatro, adquirir livros, discos
e ingressos de espetáculos. O
objetivo, segundo a Sodexho, é se antecipar às alterações da Lei Rouanet, que dá
benefícios fiscais a empresas
que incentivam cultura.
CHÁ DAS CINCO
A rede de franquia Rei do
Mate vai ampliar sua expansão com dez inaugurações
nos próximos 45 dias.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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