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Banda larga puxa crescimento de TV paga
No ano passado, havia 1,19 milhão de pessoas com internet em alta velocidade, via operadora de TV, uma alta de 89%
Na TV por assinatura, houve crescimento de 15% no comparativo com 2005,
chegando a 4,72 milhões de assinantes em todo o país
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
O número de assinantes de
banda larga, via operadoras de
TV paga, chegou a 1,19 milhão
em 2006, com crescimento de
89% com relação ao ano anterior. Já a quantidade de assinantes de TV paga aumentou
15% no período, alcançando os
4,72 milhões, segundo dados da
ABTA (Associação Brasileira de
Televisão por Assinatura).
Os pacotes de serviços, com a
venda conjunta de telefone fixo, banda larga e TV por assinatura, ajudaram no crescimento.
"A banda larga é hoje um produto indispensável. Não é mais
considerado supérfluo", afirmou Alexandre Annenberg,
presidente da entidade. A demanda vem aumentando ao
longo dos anos, com crescimento significativo também
em 2005 (71%) e 2004 (81%).
Além do cenário econômico
favorável, que aqueceu o mercado e vem alavancando o crescimento de vários setores, o
avanço da tecnologia, que permitiu o aumento da velocidade
da banda larga, foi um dos atrativos apontados pelo executivo.
O presidente da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações, Eduardo Tude,
prevê uma grande expansão no
número de assinantes de banda
larga, já que a densidade é muito pequena, inferior a cinco conexões a cada 100 habitantes.
Na telefonia móvel, segundo os
últimos números divulgados
pela Anatel, há 53,8 celulares a
cada 100 habitantes.
Eduardo Parajo, da Abranet
(Associação Brasileira dos Provedores de Acesso), lembra que
há vários locais que não oferecem o serviço de banda larga,
concentrado ainda nos grandes
centros. "O Brasil tem mais de
30 milhões de internautas. E
ainda há uma grande parte da
população que não tem acesso à
internet. Ainda há muito espaço para crescer", analisou.
O segmento de banda larga
representou 11% do faturamento bruto do setor, que fechou em R$ 5,54 bilhões em
2006, 18% superior ao ano anterior. A maior fatia (84%) ainda se deve à mensalidade da
programação da TV paga.
O presidente da ABTA ressaltou o fortalecimento dos canais
de TV por assinatura nos últimos anos, inclusive dos canais
públicos, como o da Câmara e o
do Senado, que passaram a ter
mais audiência com os escândalos políticos. Em 2004 (6%) e
2005 (8,8%), o crescimento de
assinantes havia sido menor.
"Os 4,7 milhões de assinantes em 2006 são domicílios. A
TV paga atinge cerca de 20 milhões de pessoas", calculou Alexandre Annenberg. No último
perfil divulgado pela ABTA, referente a 2005, 78% dos assinantes de TV paga eram das
classes A e B e a maioria (35%)
tinha entre 35 e 54 anos.
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