São Paulo, sexta-feira, 20 de abril de 2007

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Banda larga puxa crescimento de TV paga

No ano passado, havia 1,19 milhão de pessoas com internet em alta velocidade, via operadora de TV, uma alta de 89%

Na TV por assinatura, houve crescimento de 15% no comparativo com 2005, chegando a 4,72 milhões de assinantes em todo o país


TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

O número de assinantes de banda larga, via operadoras de TV paga, chegou a 1,19 milhão em 2006, com crescimento de 89% com relação ao ano anterior. Já a quantidade de assinantes de TV paga aumentou 15% no período, alcançando os 4,72 milhões, segundo dados da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).
Os pacotes de serviços, com a venda conjunta de telefone fixo, banda larga e TV por assinatura, ajudaram no crescimento.
"A banda larga é hoje um produto indispensável. Não é mais considerado supérfluo", afirmou Alexandre Annenberg, presidente da entidade. A demanda vem aumentando ao longo dos anos, com crescimento significativo também em 2005 (71%) e 2004 (81%).
Além do cenário econômico favorável, que aqueceu o mercado e vem alavancando o crescimento de vários setores, o avanço da tecnologia, que permitiu o aumento da velocidade da banda larga, foi um dos atrativos apontados pelo executivo.
O presidente da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações, Eduardo Tude, prevê uma grande expansão no número de assinantes de banda larga, já que a densidade é muito pequena, inferior a cinco conexões a cada 100 habitantes. Na telefonia móvel, segundo os últimos números divulgados pela Anatel, há 53,8 celulares a cada 100 habitantes.
Eduardo Parajo, da Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Acesso), lembra que há vários locais que não oferecem o serviço de banda larga, concentrado ainda nos grandes centros. "O Brasil tem mais de 30 milhões de internautas. E ainda há uma grande parte da população que não tem acesso à internet. Ainda há muito espaço para crescer", analisou.
O segmento de banda larga representou 11% do faturamento bruto do setor, que fechou em R$ 5,54 bilhões em 2006, 18% superior ao ano anterior. A maior fatia (84%) ainda se deve à mensalidade da programação da TV paga.
O presidente da ABTA ressaltou o fortalecimento dos canais de TV por assinatura nos últimos anos, inclusive dos canais públicos, como o da Câmara e o do Senado, que passaram a ter mais audiência com os escândalos políticos. Em 2004 (6%) e 2005 (8,8%), o crescimento de assinantes havia sido menor.
"Os 4,7 milhões de assinantes em 2006 são domicílios. A TV paga atinge cerca de 20 milhões de pessoas", calculou Alexandre Annenberg. No último perfil divulgado pela ABTA, referente a 2005, 78% dos assinantes de TV paga eram das classes A e B e a maioria (35%) tinha entre 35 e 54 anos.


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