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Indicadores dos EUA dominam semana "curta"
No Brasil, principal índice é
o de desemprego em março
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana será mais curta no
mercado financeiro brasileiro,
com o feriado pelo Dia de Tiradentes, amanhã. Lá fora, os pregões seguirão normalmente,
com os investidores atentos a
dados econômicos e a balanços
corporativos para realizarem
suas operações.
Hoje é aguardada nos Estados Unidos a divulgação do
mais relevante dado econômico da semana: os indicadores
antecedentes. Esses dados
apontam as tendências futuras
da economia norte-americana.
E em um período de tantas incertezas como o atual, qualquer
indicação do rumo que a economia pode tomar tem força para
mexer com o mercado.
Outro indicador importante
a ser apresentado hoje é o índice de atividade de março, medido pelo Fed (o banco central
dos EUA) regional de Chicago.
Um tema de destaque nesta
crise -o mercado de trabalho-
ganha novos dados na quinta-
-feira, quando os EUA divulgam números referentes aos
novos pedidos de seguro-desemprego. A crise elevou de
forma expressiva o fechamento
de postos de trabalho nos EUA.
No mês passado foram fechados mais de 663 mil postos de
trabalho no país. Esse movimento elevou a taxa de desemprego norte-americana para
8,5%, sendo esse o mais elevado
percentual desde 1983.
Na semana passada, foi divulgado que o Estado norte-americano de Indiana passou a contar com taxa de desemprego de
10%, unindo-se a outros sete
Estados nessa situação.
Na última quinta-feira foi divulgado que os pedidos de seguro-desemprego feitos pelos
norte-americanos tiveram recuo de 53 mil na semana anterior. Mas o dado não provocou
animação no mercado financeiro, diante da gravidade do
desemprego no país.
Desemprego e IPCA
No Brasil, novidades sobre o
assunto também serão conhecidas. O IBGE divulgará na sexta-feira o índice de desemprego
registrado em março. A expectativa é que a taxa tenha sofrido
elevação, de 8,5% para 8,9%.
Outro assunto de destaque,
que é o setor imobiliário, será
contemplado com dados na
quarta e na sexta. Nesses dias,
serão conhecidos os resultados
das solicitações de empréstimos imobiliários e da venda de
imóveis novos nos EUA.
Na última semana, dados
ruins no segmento foram apresentados: a construção de moradias nos EUA em março registrou recuou de 10,8%.
A agenda semanal será completada com uma série de prévias sobre os índices de preços
no Brasil. Na quarta-feira, a
FGV divulga a segunda prévia
do IGP-M. Na quinta, será a vez
do IPC-S, também calculado
pela FGV. E na sexta haverá a
divulgação do IPCA-15 (Índice
de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é uma prévia do índice oficial de inflação, utilizado pelo Banco Central para monitorar a meta do governo.
O mercado estima que o
IPCA-15 tenha sofrido elevação, saindo de 0,11% na medição anterior para 0,40% agora.
A meta do BC é de 4,5% para
o IPCA neste ano. Segundo a última pesquisa semanal feita pelo BC, o mercado espera que a
inflação fique em 4,25%.
"A mediana das projeções para a variação do IPCA no ano
deve permanecer por enquanto
em torno de 4,25%. Mas a tendência é de pequena alta ao longo das próximas semanas", diz
Elson Teles, economista-chefe
da corretora Concórdia.
"A justificativa estaria na
confirmação do repasse integral da elevação do IPI sobre os
cigarros, efeito permanente
que deverá gerar contribuição
adicional de 0,2 ponto percentual sobre o resultado do IPCA
deste ano", diz Teles.
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