São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009

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Indicadores dos EUA dominam semana "curta"

No Brasil, principal índice é o de desemprego em março

DA REPORTAGEM LOCAL

A semana será mais curta no mercado financeiro brasileiro, com o feriado pelo Dia de Tiradentes, amanhã. Lá fora, os pregões seguirão normalmente, com os investidores atentos a dados econômicos e a balanços corporativos para realizarem suas operações.
Hoje é aguardada nos Estados Unidos a divulgação do mais relevante dado econômico da semana: os indicadores antecedentes. Esses dados apontam as tendências futuras da economia norte-americana. E em um período de tantas incertezas como o atual, qualquer indicação do rumo que a economia pode tomar tem força para mexer com o mercado.
Outro indicador importante a ser apresentado hoje é o índice de atividade de março, medido pelo Fed (o banco central dos EUA) regional de Chicago.
Um tema de destaque nesta crise -o mercado de trabalho- ganha novos dados na quinta- -feira, quando os EUA divulgam números referentes aos novos pedidos de seguro-desemprego. A crise elevou de forma expressiva o fechamento de postos de trabalho nos EUA.
No mês passado foram fechados mais de 663 mil postos de trabalho no país. Esse movimento elevou a taxa de desemprego norte-americana para 8,5%, sendo esse o mais elevado percentual desde 1983.
Na semana passada, foi divulgado que o Estado norte-americano de Indiana passou a contar com taxa de desemprego de 10%, unindo-se a outros sete Estados nessa situação.
Na última quinta-feira foi divulgado que os pedidos de seguro-desemprego feitos pelos norte-americanos tiveram recuo de 53 mil na semana anterior. Mas o dado não provocou animação no mercado financeiro, diante da gravidade do desemprego no país.

Desemprego e IPCA
No Brasil, novidades sobre o assunto também serão conhecidas. O IBGE divulgará na sexta-feira o índice de desemprego registrado em março. A expectativa é que a taxa tenha sofrido elevação, de 8,5% para 8,9%.
Outro assunto de destaque, que é o setor imobiliário, será contemplado com dados na quarta e na sexta. Nesses dias, serão conhecidos os resultados das solicitações de empréstimos imobiliários e da venda de imóveis novos nos EUA.
Na última semana, dados ruins no segmento foram apresentados: a construção de moradias nos EUA em março registrou recuou de 10,8%.
A agenda semanal será completada com uma série de prévias sobre os índices de preços no Brasil. Na quarta-feira, a FGV divulga a segunda prévia do IGP-M. Na quinta, será a vez do IPC-S, também calculado pela FGV. E na sexta haverá a divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é uma prévia do índice oficial de inflação, utilizado pelo Banco Central para monitorar a meta do governo.
O mercado estima que o IPCA-15 tenha sofrido elevação, saindo de 0,11% na medição anterior para 0,40% agora.
A meta do BC é de 4,5% para o IPCA neste ano. Segundo a última pesquisa semanal feita pelo BC, o mercado espera que a inflação fique em 4,25%.
"A mediana das projeções para a variação do IPCA no ano deve permanecer por enquanto em torno de 4,25%. Mas a tendência é de pequena alta ao longo das próximas semanas", diz Elson Teles, economista-chefe da corretora Concórdia.
"A justificativa estaria na confirmação do repasse integral da elevação do IPI sobre os cigarros, efeito permanente que deverá gerar contribuição adicional de 0,2 ponto percentual sobre o resultado do IPCA deste ano", diz Teles.


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