São Paulo, terça-feira, 20 de abril de 2010

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Caixa eleva previsão de crédito imobiliário para 2010

Liberações devem superar R$ 60 bi neste ano, ante R$ 50 bi previstos anteriormente; no primeiro trimestre, banco liberou R$ 14,7 bi

CIRILO JUNIOR
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de registrar volume recorde no primeiro trimestre, a Caixa Econômica Federal revisou para cima a projeção de concessão de crédito imobiliário para 2010. A expectativa atual é que o total de liberações ultrapasse R$ 60 bilhões. No ano passado, o banco concedeu R$ 47 bilhões -maior patamar na história da instituição.
O orçamento inicial para este ano previa R$ 50 bilhões para o segmento imobiliário, mas a forte demanda no início do ano forçou a revisão para cima.
Até o dia 13 deste mês, foram liberados R$ 17 bilhões, segundo a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho. Se for considerado apenas de janeiro a março, o volume soma R$ 14,7 bilhões, recorde para o período. No ano passado, em igual espaço de tempo, houve demanda de R$ 6,7 bilhões.
"Até o dia 13 deste mês, fizemos tudo o que foi contratado no ano de 2007, R$ 17 bilhões. Temos feito mais de 4.100 contratos por dia. São números recordes", afirmou Coelho.
A projeção superior a R$ 60 bilhões foi feita pelo superintendente nacional de marketing e comunicação da Caixa, Clauir Luiz Santos. Ele disse que a nova estimativa é baseada também no grande número de consultas que a Caixa vem recebendo. Somente em março, houve 18,8 milhões de simulações de financiamentos (volume maior de consultas havia sido registrado apenas na época do lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida).
A classe média liderou a demanda, absorvendo R$ 10 bilhões dos R$ 17 bilhões liberados até 13 deste mês. Os clientes de baixa renda e os recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida foram responsáveis por praticamente todo o restante.
Em maio, a realização dos feirões promovidos pela Caixa deve incrementar esses números. Em São Paulo, o Feirão da Caixa acontecerá no Centro de Convenções Imigrantes, de 13 a 16 de maio; no Rio, o Riocentro abrigará o feirão entre os dias 20 e 23 de maio.
No ano passado, foram movimentados R$ 5 bilhões nesses feirões, e a expectativa é que o volume de negócios neste ano seja recorde, com lançamentos de mais imóveis para a população de renda mais baixa.
O presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), Melvyn David Fox, disse que a forte demanda por crédito imobiliário vem se refletindo nas vendas do setor, que subiram 19% no primeiro trimestre. Para o ano, a projeção é de expansão de 15%.


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