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Caixa eleva previsão de crédito imobiliário para 2010
Liberações devem superar R$ 60 bi neste ano, ante R$ 50 bi previstos anteriormente; no primeiro trimestre, banco liberou R$ 14,7 bi
CIRILO JUNIOR
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de registrar volume
recorde no primeiro trimestre,
a Caixa Econômica Federal revisou para cima a projeção de
concessão de crédito imobiliário para 2010. A expectativa
atual é que o total de liberações
ultrapasse R$ 60 bilhões. No
ano passado, o banco concedeu
R$ 47 bilhões -maior patamar
na história da instituição.
O orçamento inicial para este
ano previa R$ 50 bilhões para o
segmento imobiliário, mas a
forte demanda no início do ano
forçou a revisão para cima.
Até o dia 13 deste mês, foram
liberados R$ 17 bilhões, segundo a presidente da Caixa, Maria
Fernanda Ramos Coelho. Se
for considerado apenas de janeiro a março, o volume soma
R$ 14,7 bilhões, recorde para o
período. No ano passado, em
igual espaço de tempo, houve
demanda de R$ 6,7 bilhões.
"Até o dia 13 deste mês, fizemos tudo o que foi contratado
no ano de 2007, R$ 17 bilhões.
Temos feito mais de 4.100 contratos por dia. São números recordes", afirmou Coelho.
A projeção superior a R$ 60
bilhões foi feita pelo superintendente nacional de marketing e comunicação da Caixa,
Clauir Luiz Santos. Ele disse
que a nova estimativa é baseada
também no grande número de
consultas que a Caixa vem recebendo. Somente em março,
houve 18,8 milhões de simulações de financiamentos (volume maior de consultas havia sido registrado apenas na época
do lançamento do programa
Minha Casa, Minha Vida).
A classe média liderou a demanda, absorvendo R$ 10 bilhões dos R$ 17 bilhões liberados até 13 deste mês. Os clientes de baixa renda e os recursos
para o programa Minha Casa,
Minha Vida foram responsáveis por praticamente todo o
restante.
Em maio, a realização dos
feirões promovidos pela Caixa
deve incrementar esses números. Em São Paulo, o Feirão da
Caixa acontecerá no Centro de
Convenções Imigrantes, de 13 a
16 de maio; no Rio, o Riocentro
abrigará o feirão entre os dias
20 e 23 de maio.
No ano passado, foram movimentados R$ 5 bilhões nesses
feirões, e a expectativa é que o
volume de negócios neste ano
seja recorde, com lançamentos
de mais imóveis para a população de renda mais baixa.
O presidente da Abramat
(Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), Melvyn David Fox, disse que a forte demanda por crédito imobiliário vem se refletindo nas vendas do setor, que
subiram 19% no primeiro trimestre. Para o ano, a projeção é
de expansão de 15%.
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