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Apesar de recuperação nos EUA, Bolsa de SP cai 0,47%
Expectativa de juro maior
prejudica mercado local
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo não acompanhou a recuperação de Wall Street e terminou o dia no vermelho. O cenário de juros mais altos, apontado pelo Focus, incomodou o
mercado acionário doméstico.
A BM&FBovespa operou em
baixa durante todo o dia e terminou as operações com queda
de 0,47%, aos 69.097 pontos. O
dólar recuou 0,4%, a R$ 1,755.
O índice acionário Dow Jones subiu 0,67%. O clima em
Wall Street foi favorecido pela
apresentação do índice de indicadores antecedentes, que
apontou elevação de 1,4% em
março, após subir 0,4% em fevereiro. Esse índice sinaliza o
rumo da economia norte-americana nos meses seguintes.
O resultado trimestral do Citigroup também foi bem recebido pelos investidores, melhorou as expectativas em relação
ao setor e favoreceu o dia de ganhos em Nova York. As ações
do banco avançaram 7%. Na semana passada, denúncia de
fraude envolvendo o Goldman
Sachs havia trazido o setor bancário de volta ao centro das
preocupações dos investidores.
O mercado dos EUA acabou
por se destacar ontem. Na Europa, os pregões foram de queda. A Bolsa de Valores de Londres perdeu 0,28%, e a de
Frankfurt, 0,30%. Em Tóquio,
o índice Nikkei recuou 1,74%.
Ao menos ontem a depreciação do petróleo não prejudicou
o mercado acionário. As ações
da Petrobras subiram e ajudaram a amenizar as perdas do índice Ibovespa. O papel preferencial da Petrobras subiu
1,82%, e o ordinário, 1,69%.
Já o setor de siderurgia e mineração teve destino contrário.
Os papéis das principais empresas do segmento terminaram no vermelho. A ação PNA
da Vale caiu 0,67%; MMX Mineração perdeu 1,54%; e Usiminas PNA recuou 2,52%.
Em meio aos problemas enfrentados pelo setor aéreo global, prejudicado pelos atrasos e
pelos cancelamentos de voos
na Europa, as ações de TAM e
Gol recuaram. Para TAM, a baixa foi de 2,82%; Gol caiu 2,19%.
Na liderança das baixas do
índice Ibovespa, apareceram as
ações ordinárias da Telemar,
que terminaram o pregão com
depreciação de 3,36%.
Economia aquecida
O aumento nas previsões para o crescimento do país em
2010, mostrado ontem na pesquisa Focus, não foi bem recebido pelo mercado acionário.
Por um lado, a notícia de economia mais forte é animadora,
pois pode resultar em maior
consumo e faturamento para as
empresas. Todavia, também
significa riscos de elevação
mais expressiva dos juros.
No atual cenário, que tem sido acompanhado de pressão inflacionária, o mercado começa
a trabalhar com a expectativa
de o BC ter de elevar a taxa básica de juros de forma mais
contundente que o esperado há
algumas semanas (leia à pág.
B9), o que é ruim para a Bolsa.
(FABRICIO VIEIRA)
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