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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Consórcio vencedor de Jirau vai propor parceria à Odebrecht
O preço de R$ 71,40 por megawatt-hora do consórcio
Energia Sustentável oferecido
ontem pelo consórcio Energia
Sustentável, formado pelas empresas Suez, Camargo Corrêa,
Eletrosul e Chesf, para ter ganho o leilão de energia da usina
hidrelétrica Jirau surpreendeu
boa parte dos analistas. O valor
foi considerado muito baixo
para se tornar rentável.
O preço ficou 9,5% abaixo
dos R$ 78,90 por megawatt/hora do leilão da usina de Santo
Antônio, que foi ganho pelo
consórcio liderado pela Odebrecht, no final do ano passado.
Na época, o preço já tinha sido
considerado muito agressivo
pelos especialistas. A usina de
Jirau ainda tem um custo adicional da construção da linha
de transmissão de 130 quilômetros para Porto Velho.
O consórcio Energia Sustentável apresentou praticamente
o mesmo argumento para justificar o preço tão baixo. A empresa irá trabalhar dia e noite
para antecipar a conclusão da
obra em um ano- de 2013 para
o início de 2012-, o que permitirá a venda de energia a um
preço maior para a indústria no
mercado livre.
Mas certamente esse não é o
único argumento. Além das antecipações dos prazos e outros
ganhos, o consórcio vai propor
parceria com a Odebrecht.
"A Odebrecht pode ficar
amuada por umas 48 horas por
ter perdido o leilão ontem, mas
depois o que vai prevalecer é o
interesse financeiro", diz o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, sobre a possibilidade de os dois consórcios trabalharem em parceria, principalmente nas áreas social e de ambiente.
Lobão vê outras possibilidades de ganho. Na compra das 80
turbinas- cada uma das usinas
tem 40 turbinas-, as empresas
podem obter melhores preços
se negociarem juntas.
O presidente do consórcio
Energia Sustentável, Victor Paranhos, informou que ainda
nesta semana pretende se encontrar com a Odebrecht para
conversar sobre projetos comuns com o objetivo de redução de custos nas duas obras.
"Não há nenhum problema
para o nosso consórcio assumir
uma parte dos custos de Santo
Antônio", diz Paranhos.
Brasil cresce entre os que mais publicam artigos científicos
No ranking de países que
mais publicam artigos científicos no mundo, o Brasil subiu da
21ª posição, em 1996, para a 15ª,
em 2006, segundo o novo indicador de produção científica
SJR (SCimago Journal
Country Rank), desenvolvido
por um grupo de pesquisa espanhol, conduzido pelo cientista
Félix de Moya, da Universidade
de Granada. Na América Latina, o Brasil lidera o ranking
com 25.266 artigos científicos
publicados em 2006 (veja acima). Na lista geral, os EUA estão no topo, seguidos por China, Reino Unido e Japão. Segundo o SJR, pesquisadores
brasileiros alcançaram mais de
160 mil publicações de 1996 a
2006. Os números de 2007 estão em análise. Moya vem ao
Brasil em junho a convite da
editora Elsevier, para falar do
indicador, no CNPq.
BROADWAY
O Itaú Securities promove, amanhã e quinta-feira, o
"3º Annual Itaú New York
Conference", encontro de
empresas brasileiras listadas em Bolsa. O evento reúne 57 empresas e 330 investidores. Nesta edição, foram convidados representantes
de fundos de pensão americanos, que, antes do grau de
investimento, não se interessavam pelo país.
NO CASARÃO
A rede Suplicy Cafés Especiais abre, em julho, sua
sexta loja, em um casarão na
região da avenida Paulista.
VIDEOGAME
A Tectoy, que nos últimos
anos atuou só no Brasil, volta a operar no mercado latino-americano. Por meio da
Tectoy Mobile, empresa de
jogos para celular, vai distribuir produtos da Sega para
os países da região, incluindo o México. "Estamos retomando por um segmento
promissor: de 2003 a 2007, o
número de celulares nos
países latino-americanos foi
de 119 milhões para 363 milhões", diz Fernando Fischer, presidente da Tectoy.
SORRISO
Dos 337 maiores empresários do setor atacadista,
96% acreditam que aumentarão o faturamento neste
ano, segundo dados preliminares do ranking Abad/
Nielsen 2008, ano base
2007. Em 2006, o segmento
"atacado distribuidor" teve
receita de R$ 96 bilhões. O
ranking será divulgado hoje.
CONSTRUÇÃO
A Holcim Brasil registrou
seu melhor abril desde que
chegou ao país, em 1951. Comercializou 334,3 mil toneladas de cimento, 16% acima
do mesmo período de 2007.
INCENTIVO:
SP CRIA NO ESTADO AGÊNCIA SIMILAR À APEX DO GOVERNO FEDERAL
O governador José Serra acaba de criar a Agência Paulista
de Promoção de Investimentos e Competitividade, órgão similar à Apex e à ABDI, ambas do governo federal. A criação sai hoje no "Diário Oficial". A agência vai orientar os empresários e facilitar o acesso aos governos, assim como articular secretarias, órgãos e entidades estaduais que possam dar suporte às empresas. A iniciativa completa a Afesp (Agência de Fomento de SP), anunciada em 2007 e que funcionará como uma espécie de BNDES, assim que for aprovada pelo BC.
EM CASA
Maurício Barbosa, diretor de marketing e incorporação da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, vai participar pela primeira vez da Casa Cor; no lounge da incorporadora, um espaço de 360 m2 decorado por Débora Aguiar, a empresa vai promover alguns de seus empreendimentos, mas não vai comercializá-los no local; haverá também apresentações de letras de Tom Jobim por artistas como Eduardo Moscovis, Chris Couto e Thalma de Freitas durante o evento, que começa hoje
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