São Paulo, terça-feira, 20 de maio de 2008

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Petroquímicas se queixam de preço de insumo

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Pressionadas pela alta do preço do petróleo, as duas maiores petroquímicas do país, Braskem e Unipar, querem que a Petrobras deixe de atrelar o preço da nafta às cotações do mercado internacional. Nos últimos 12 meses, o insumo subiu 80% e corroeu os lucros do setor petroquímico.
O presidente da Unipar, Roberto Garcia, disse que as companhias não conseguiram repassar toda essa variação para o preço das resinas plásticas e absorveram boa parte do aumento. "As resinas não tiveram todo esse aumento. A cadeia só repassou em parte. Por isso, as empresas não tiveram um resultado tão bom."
José Carlos Grubisich, presidente da Braskem, afirmou que a nafta é vendida atualmente pela Petrobras com um acréscimo em relação ao preço internacional. "Somos o maior cliente da Petrobras, tirando a BR Distribuidora. Deveríamos ter um desconto em relação ao preço internacional", disse. De todo o custo do setor, 80% está vinculado à nafta.
Já o presidente da Petroquisa (subsidiária da Petrobras), Paulo Aquino, afirmou que os preços praticados pela estatal são mais baixos que os internacionais. "A nafta segue um regime de preço ligado ao mercado internacional. O preço está ajustado, mas não é superior ao da nafta importada."

BNDES
O presidente da Unipar informou que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) terá uma participação acionária na CPS (Companhia Petroquímica do Sudeste), empresa criada a partir da fusão dos ativos da Unipar e da Suzano, comprada no final do ano passado pela Petrobras. O executivo disse que o banco estatal poderá fazer um aporte na nova companhia e ampliar sua participação na empresa para além dos 17,5% que detém atualmente na Riopol, um dos ativos que vão integrar a CPS. Garcia disse que até o começo de junho a CPS será constituída formalmente, com a integração dos ativos da Petrobras e da Unipar. Procurado pela reportagem, o BNDES disse que não se pronunciaria.


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