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Petrobras vai vender mais petróleo ao país
DE PEQUIM
Um dos poucos acordos
concretos obtidos pela delegação brasileira em Pequim
trata de um dos produtos que
o gigante asiático mais necessita para seu crescimento:
o petróleo.
A Petrobras, que já exporta
60 mil barris diários para a
estatal CNOOC, vai começar
a exportar mais 150 mil barris diários em 2009 para a
também estatal chinesa Sinopec, número que vai passar para 200 mil barris diários de 2010 até 2018.
O presidente da Petrobras,
José Sergio Gabrielli, disse
que o empréstimo de US$ 10
bilhões concedido pelo Banco de Desenvolvimento da
China (BDC) à estatal, não se
trata de venda antecipada -a
venda do óleo aos chineses
terá valores comerciais.
No dia em que anunciou a
concessão de empréstimo de
US$ 10 bilhões, o presidente
da Petrobras disse que a empresa já captou US$ 30 bilhões nos primeiros cinco
meses deste ano.
Em todo o ano de 2008, a
Petrobras captou pouco mais
de US$ 9 bilhões. "As necessidades de 2010 já estão praticamente atendidas com o
que conseguimos neste ano",
disse Gabrielli, em coletiva.
O empréstimo concedido
pelo chamado "BNDES chinês" não exige como contrapartida a compra de equipamentos chineses. Nem se
trata de compras de participação acionária nos campos
do pré-sal.
"Talvez possamos comprar equipamentos da China,
talvez não, não faz parte do
acordo", disse Gabrielli, contando que a negociação com
os chineses durou mais de 24
horas, varando a madrugada
de segunda-feira para ontem.
"Há várias possibilidades.
Também podemos convencer empresas chinesas que
instalem unidades no Brasil
a produzir equipamentos de
que nós precisamos."
A China tem negócios preferenciais de petróleo na Nigéria e no Sudão, é o maior
importador do Irã e anunciou também empréstimos
bilionários para a Venezuela
para garantir o fornecimento
do combustível.
Entre outros empréstimos
assinados ontem, está a
aprovação de linhas de crédito de US$ 800 milhões do
BDC ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e outra
de US$ 100 milhões ao banco
Itaú. Nos dois casos, os recursos servirão como crédito
no comércio bilateral e para
futuros investimentos.
(RJL)
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