São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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Petrobras vai vender mais petróleo ao país

DE PEQUIM

Um dos poucos acordos concretos obtidos pela delegação brasileira em Pequim trata de um dos produtos que o gigante asiático mais necessita para seu crescimento: o petróleo.
A Petrobras, que já exporta 60 mil barris diários para a estatal CNOOC, vai começar a exportar mais 150 mil barris diários em 2009 para a também estatal chinesa Sinopec, número que vai passar para 200 mil barris diários de 2010 até 2018.
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que o empréstimo de US$ 10 bilhões concedido pelo Banco de Desenvolvimento da China (BDC) à estatal, não se trata de venda antecipada -a venda do óleo aos chineses terá valores comerciais.
No dia em que anunciou a concessão de empréstimo de US$ 10 bilhões, o presidente da Petrobras disse que a empresa já captou US$ 30 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano.
Em todo o ano de 2008, a Petrobras captou pouco mais de US$ 9 bilhões. "As necessidades de 2010 já estão praticamente atendidas com o que conseguimos neste ano", disse Gabrielli, em coletiva.
O empréstimo concedido pelo chamado "BNDES chinês" não exige como contrapartida a compra de equipamentos chineses. Nem se trata de compras de participação acionária nos campos do pré-sal.
"Talvez possamos comprar equipamentos da China, talvez não, não faz parte do acordo", disse Gabrielli, contando que a negociação com os chineses durou mais de 24 horas, varando a madrugada de segunda-feira para ontem.
"Há várias possibilidades. Também podemos convencer empresas chinesas que instalem unidades no Brasil a produzir equipamentos de que nós precisamos."
A China tem negócios preferenciais de petróleo na Nigéria e no Sudão, é o maior importador do Irã e anunciou também empréstimos bilionários para a Venezuela para garantir o fornecimento do combustível.
Entre outros empréstimos assinados ontem, está a aprovação de linhas de crédito de US$ 800 milhões do BDC ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outra de US$ 100 milhões ao banco Itaú. Nos dois casos, os recursos servirão como crédito no comércio bilateral e para futuros investimentos. (RJL)


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