São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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PIB japonês tem a maior contração em mais de 50 anos

Segunda maior economia global encolhe 15,2% na taxa anualizada no primeiro trimestre do ano

DA REDAÇÃO

A economia japonesa encolheu em ritmo recorde nos primeiros três meses deste ano, resultado pior ainda que os dos Estados Unidos e da Europa e provocado principalmente pelo recuo nas exportações e nos gastos das empresas e dos consumidores.
O PIB da segunda maior economia mundial se retraiu em 15,2% no primeiro trimestre na taxa anualizada, o pior resultado desde o início do levantamento, em 1955. Até então, o pior resultado havia sido registrado em 1974, na época do choque do petróleo, quando houve queda de 13,1%.
Essa também é a primeira vez em que a economia japonesa se contrai por quatro trimestres consecutivos. E com um agravante: assim como ocorre na Europa, a crise no Japão foi mais forte no primeiro trimestre deste ano do que no final de 2008, quando houve o agravamento da turbulência, após a quebra do banco americano Lehman Brothers. No epicentro da crise, os EUA, o PIB se retraiu em 6,1% anuais de outubro a dezembro de 2008 e de janeiro a março deste ano.
O resultado negativo, porém, não é considerado surpreendente, já que as exportações, um dos seus principais motores, caíram mais de 45% nos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2008. A queda nas vendas para o exterior se refletiram nos balanços de suas principais empresas, como Toyota, Sony, Panasonic e NEC, que terminaram o ano fiscal (período de 12 meses encerrado em março) com prejuízos bilionários.
Com o menor consumo, interno e externo, as empresas diminuíram seus estoques e demitiram milhares de trabalhadores -entre eles, decasséguis brasileiros. A taxa de desemprego em março ficou em 4,8%, um ponto percentual superior à do mesmo período do ano passado e a maior desde agosto de 2004.
Para tentar frear a queda, o governo japonês anunciou um pacote de estímulo econômico de US$ 150 bilhões que incluem incentivos para que consumidores comprem carros menos poluentes e ajuda para desempregados e pequenas empresas. Analistas dizem que o gasto estatal e os investimentos das empresas para recomporem seus estoques devem impedir uma queda tão grande no atual trimestre, e alguns indicadores, como confiança dos consumidores e produção industrial, dão sinais de melhora.


Com agências internacionais


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