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PIB japonês tem a maior contração em mais de 50 anos
Segunda maior economia global encolhe 15,2% na taxa anualizada no primeiro trimestre do ano
DA REDAÇÃO
A economia japonesa encolheu em ritmo recorde nos primeiros três meses deste ano,
resultado pior ainda que os dos
Estados Unidos e da Europa e
provocado principalmente pelo recuo nas exportações e nos
gastos das empresas e dos consumidores.
O PIB da segunda maior economia mundial se retraiu em
15,2% no primeiro trimestre na
taxa anualizada, o pior resultado desde o início do levantamento, em 1955. Até então, o
pior resultado havia sido registrado em 1974, na época do
choque do petróleo, quando
houve queda de 13,1%.
Essa também é a primeira
vez em que a economia japonesa se contrai por quatro trimestres consecutivos. E com um
agravante: assim como ocorre
na Europa, a crise no Japão foi
mais forte no primeiro trimestre deste ano do que no final de
2008, quando houve o agravamento da turbulência, após a
quebra do banco americano
Lehman Brothers. No epicentro da crise, os EUA, o PIB se retraiu em 6,1% anuais de outubro a dezembro de 2008 e de janeiro a março deste ano.
O resultado negativo, porém,
não é considerado surpreendente, já que as exportações,
um dos seus principais motores, caíram mais de 45% nos
três primeiros meses deste ano
em relação ao mesmo período
de 2008. A queda nas vendas
para o exterior se refletiram
nos balanços de suas principais
empresas, como Toyota, Sony,
Panasonic e NEC, que terminaram o ano fiscal (período de 12
meses encerrado em março)
com prejuízos bilionários.
Com o menor consumo, interno e externo, as empresas
diminuíram seus estoques e demitiram milhares de trabalhadores -entre eles, decasséguis
brasileiros. A taxa de desemprego em março ficou em 4,8%,
um ponto percentual superior
à do mesmo período do ano
passado e a maior desde agosto
de 2004.
Para tentar frear a queda, o
governo japonês anunciou um
pacote de estímulo econômico
de US$ 150 bilhões que incluem
incentivos para que consumidores comprem carros menos
poluentes e ajuda para desempregados e pequenas empresas.
Analistas dizem que o gasto estatal e os investimentos das
empresas para recomporem
seus estoques devem impedir
uma queda tão grande no atual
trimestre, e alguns indicadores,
como confiança dos consumidores e produção industrial,
dão sinais de melhora.
Com agências internacionais
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