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INSS
Só pagamento de dívidas não fecha contas, diz Previdência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo que recuperasse,
nos próximos 20 anos, R$
100 bilhões em créditos que
tem com empresas devedoras, a Previdência Social não
conseguiria reequilibrar
suas contas e veria o déficit
previdenciário atingir 4,8%
do PIB (Produto Interno
Bruto) em 2050.
Os dados fazem parte de
um conjunto de simulações
apresentado pelo Ministério
da Previdência no fórum que
discute a reforma nas regras
de aposentadoria do INSS.
As projeções reforçam a tese
do governo de que há necessidade de aprovar mudanças
de longo prazo para dar sustentabilidade ao sistema.
O estudo também mostra
que nem o aumento da formalização do mercado de
trabalho nem elevadas taxas
de crescimento econômico
podem conter o desequilíbrio no caixa da Previdência
no longo prazo, conforme
antecipou a Folha ontem.
Os números foram contestados pela CUT (Central
Única dos Trabalhadores).
"Essa não é a visão dos trabalhadores. Vamos apresentar
as nossas projeções para os
próximos 50 anos. São outros números, outra realidade. Isso [as projeções da Previdência] é maluquice", declarou o presidente da central, Artur Henrique.
O secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, explica que as projeções
simulam um cenário em que
a recuperação de créditos da
Previdência cresça 50% acima da arrecadação durante
20 anos. Isso representaria
incremento de R$ 100 bilhões na receita previdenciária no período, o que equivale à metade da dívida total
das empresas com a Previdência. Nessa simulação, o
déficit passaria de 1,84%
neste ano para 4,8% do PIB.
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