São Paulo, quarta-feira, 20 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

INSS

Só pagamento de dívidas não fecha contas, diz Previdência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mesmo que recuperasse, nos próximos 20 anos, R$ 100 bilhões em créditos que tem com empresas devedoras, a Previdência Social não conseguiria reequilibrar suas contas e veria o déficit previdenciário atingir 4,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2050.
Os dados fazem parte de um conjunto de simulações apresentado pelo Ministério da Previdência no fórum que discute a reforma nas regras de aposentadoria do INSS. As projeções reforçam a tese do governo de que há necessidade de aprovar mudanças de longo prazo para dar sustentabilidade ao sistema.
O estudo também mostra que nem o aumento da formalização do mercado de trabalho nem elevadas taxas de crescimento econômico podem conter o desequilíbrio no caixa da Previdência no longo prazo, conforme antecipou a Folha ontem.
Os números foram contestados pela CUT (Central Única dos Trabalhadores). "Essa não é a visão dos trabalhadores. Vamos apresentar as nossas projeções para os próximos 50 anos. São outros números, outra realidade. Isso [as projeções da Previdência] é maluquice", declarou o presidente da central, Artur Henrique.
O secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, explica que as projeções simulam um cenário em que a recuperação de créditos da Previdência cresça 50% acima da arrecadação durante 20 anos. Isso representaria incremento de R$ 100 bilhões na receita previdenciária no período, o que equivale à metade da dívida total das empresas com a Previdência. Nessa simulação, o déficit passaria de 1,84% neste ano para 4,8% do PIB.


Texto Anterior: Resultado: Cosan sai do prejuízo e lucra R$ 357 milhões
Próximo Texto: Sem efeito: Zona de exportação passa em comissão, mas deve ser vetada
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.