São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2008

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Após impasse, GM e sindicato selam acordo

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Após seis meses de disputa, a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (a 91 km de SP) entraram ontem em acordo. A montadora abriu mão de implantar um banco de horas em sua fábrica, e o sindicato aceitou a redução de salário para novos funcionários.
O acordo assegura a realização de investimento de US$ 500 milhões para a fabricação de um novo modelo na unidade.
O entendimento saiu na madrugada de ontem, depois de 13 horas de negociação. No início da tarde, assembléia com a participação de 7.000 dos 9.000 funcionários da unidade de São José aprovou a proposta. Além do investimento, a GM também confirmou a contratação de 600 novos funcionários para o segundo turno de produção do Corsa na fábrica.
A discussão entre GM e sindicato começou no início do ano, quando a montadora propôs pela primeira vez a redução de R$ 1.300 para R$ 1.200 no piso salarial e de R$ 2.500 para R$ 1.800 no teto salarial para novos funcionários, além da criação do banco de horas. Com a recusa do sindicato e dos trabalhadores, as vagas foram transferidas para a fábrica de São Caetano do Sul (Grande SP).
A justificativa da GM é que o custo da unidade de São José tira competitividade da empresa. A montadora chegou a dizer que a fábrica poderia ser fechada.

Acirramento
Nos últimos dias, a disputa se acirrou. O sindicato distribuiu DVDs com ataques à montadora, e a GM veiculou propagandas nas quais afirmava contribuir para a geração de empregos.
Pelo acordo, a fábrica não terá sistema de banco de horas. Mas a empresa conseguiu a redução do piso salarial para novos funcionários.
"Foi uma vitória dos trabalhadores. A GM quis pressionar os trabalhadores por meio da sociedade, mas conseguimos resistir à implantação do banco de horas", disse Luiz Carlos Prates, diretor do sindicato.
"O que nós pretendíamos foi acordado, mas de outra maneira. Sem o banco de horas, mas com a extensão da jornada de trabalho para 45 horas de segunda a sexta-feira", disse o diretor de Assuntos Institucionais da montadora, Luiz Moan.


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