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Meta de redução de número de subnutridos fica mais distante
Doadores cortam contribuições para o combate à fome em razão da crise
DA REDAÇÃO
Com o total da população
subnutrida crescendo e os órgãos de combate enfrentando
falta de dinheiro, a meta de reduzir o número de pessoas passando fome para no máximo
420 milhões dificilmente será
atingida até 2015, diferentemente do que foi prometido pelas lideranças globais em 1996.
Para a FAO, a meta não será
alcançada salvo se medidas
substanciais e sustentadas forem tomadas imediatamente.
"Os governos, apoiados pela comunidade internacional, precisam proteger os investimentos
em agricultura para que os pequenos produtores tenham
acesso não só a sementes e fertilizantes mas também a tecnologias elaboradas, infraestrutura, financiamento rural e mercados", disse o presidente do
Fundo Internacional para o
Desenvolvimento da Agricultura, Kanayo Nwanze.
O Programa Alimentar Mundial da ONU, a principal agência de combate à fome, está cortando a ajuda e fechando algumas de suas operações porque
os países doadores estão reduzindo suas contribuições, devido à crise global -que elevou os
gastos para combater a recessão, ao mesmo tempo em que
houve queda da arrecadação.
A agência conta hoje com
menos de US$ 1,5 bilhão, quase
US$ 5 bilhões menos do que o
orçamento necessário. E autoridades dos países doadores sinalizam que é improvável que o
orçamento seja alcançado.
Em abril, os ministros da
Agricultura do G8 (grupo que
reúne oito das maiores economias mundiais) afirmaram que
o mundo estava "muito distante" da meta de redução da fome.
Na mesma época, o FMI disse
que o número de famintos também deveria chegar a 1 bilhão
neste ano e que a meta de 2015
não deverá ser alcançada, assim
como as que preveem melhoras
na educação, progresso no
combate a doenças como Aids e
malária e queda na mortalidade
infantil e materna.
Com o "Financial Times"
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