São Paulo, sábado, 20 de junho de 2009

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Meta de redução de número de subnutridos fica mais distante

Doadores cortam contribuições para o combate à fome em razão da crise

DA REDAÇÃO

Com o total da população subnutrida crescendo e os órgãos de combate enfrentando falta de dinheiro, a meta de reduzir o número de pessoas passando fome para no máximo 420 milhões dificilmente será atingida até 2015, diferentemente do que foi prometido pelas lideranças globais em 1996.
Para a FAO, a meta não será alcançada salvo se medidas substanciais e sustentadas forem tomadas imediatamente. "Os governos, apoiados pela comunidade internacional, precisam proteger os investimentos em agricultura para que os pequenos produtores tenham acesso não só a sementes e fertilizantes mas também a tecnologias elaboradas, infraestrutura, financiamento rural e mercados", disse o presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura, Kanayo Nwanze.
O Programa Alimentar Mundial da ONU, a principal agência de combate à fome, está cortando a ajuda e fechando algumas de suas operações porque os países doadores estão reduzindo suas contribuições, devido à crise global -que elevou os gastos para combater a recessão, ao mesmo tempo em que houve queda da arrecadação.
A agência conta hoje com menos de US$ 1,5 bilhão, quase US$ 5 bilhões menos do que o orçamento necessário. E autoridades dos países doadores sinalizam que é improvável que o orçamento seja alcançado.
Em abril, os ministros da Agricultura do G8 (grupo que reúne oito das maiores economias mundiais) afirmaram que o mundo estava "muito distante" da meta de redução da fome. Na mesma época, o FMI disse que o número de famintos também deveria chegar a 1 bilhão neste ano e que a meta de 2015 não deverá ser alcançada, assim como as que preveem melhoras na educação, progresso no combate a doenças como Aids e malária e queda na mortalidade infantil e materna.
Com o "Financial Times"



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