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EM TRANSE
Linha deve ser de R$ 2 bi, podendo chegar a R$ 7 bi, e começará hoje
BNDES libera até US$ 8 mi por empresa para exportar
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) vai liberar a partir de hoje
o equivalente a até US$ 8 milhões
(cerca de R$ 25 milhões, pela cotação do dólar de ontem) por empresa que procure crédito de curto prazo para capital de giro necessário ao financiamento de operações de exportação.
O prazo máximo para a aprovação do financiamento pelo banco
será de cinco dias. "Estamos fazendo da forma mais simples possível para poder dar certo", disse o
diretor da área financeira do
BNDES, Isaac Zagury.
Ele disse que a disponibilidade
inicial da linha será de R$ 2 bilhões, mas que, se necessário, o
total pode chegar a R$ 7 bilhões.
Afirmou ainda que o dinheiro do
BNDES, mais outra parte que será
liberada pelo BC, suprirá toda a
carência de financiamentos de
curto prazo que vem asfixiando as
exportações e contribuindo para
a alta da cotação do dólar.
Segundo as regras aprovadas
ontem pela diretoria do BNDES,
qualquer empresa, de qualquer
porte, poderá se candidatar a um
empréstimo da nova linha, batizada de Programa BNDES-Exim
Pré-Embarque de Curto Prazo.
Isso quer dizer que o banco aboliu nesse caso as restrições que vigoram nas suas atuais linhas para
exportações, como não financiar
a venda de commodities.
Para obter o dinheiro, o exportador terá que procurar o BNDES,
que não tem agências, por intermédio de um banco comercial
credenciado. A esse banco cabe
assumir o risco do crédito.
Em operações com micro, médias ou pequenas empresas, um
fundo de aval administrado pelo
próprio BNDES poderá assumir o
risco, até o limite de R$ 500 mil,
agilizando a liberação.
O prazo de cinco dias para a liberação vale a partir da data em
que o BNDES receber do banco
intermediário a ficha da operação. O prazo máximo para o pagamento do empréstimo será de
seis meses.
Segundo as regras aprovadas, o
tomador poderá escolher duas alternativas básicas de custo do dinheiro: ou TJLP (taxa de juros de
longo prazo), atualmente em 10%
ao ano, ou a libor (taxa básica do
mercado europeu) semestral, que
está em cerca de 3,4% ao ano.
Quem optar pela libor arcará
também com a variação cambial.
A uma dessas duas taxas devem
ser somados até 2,5% ao ano de
remuneração do BNDES e até 3%
ao ano de remuneração do banco
repassador do dinheiro.
Os R$ 2 bilhões iniciais da nova
linha serão liberados pelo FAT
(Fundo de Amparo ao Trabalhador), graças à medida provisória
baixada pelo governo. O dinheiro
adicional, se necessário, virá de
"outras fontes", que Zagury preferiu não especificar. Ele explicou
ainda que a nova linha se soma às que já existiam no banco, para
operações de longo prazo.
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