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MERCADO FINANCEIRO
Anúncio de financiamento do BC às exportações anima investidores; moeda dos EUA cai 0,64%
Dólar volta a recuar e fecha em R$ 3,105
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar encontrou espaço para
devolver mais um pouco da expressiva alta, de 3,5%, acumulada
na semana passada. A moeda dos
EUA fechou ontem vendida a R$
3,105, com recuo de 0,64%.
O dólar chegou a abrir em alta.
Mas a notícia de que o Banco Central vai destinar US$ 2 bilhões para o financiamento das exportações fez com que o dólar mudasse
de trajetória e fosse negociado em
baixa o resto do dia. Os detalhes
da medida serão anunciados hoje.
Uma das principais justificativas para a recente escalada do dólar é a falta de linhas de crédito.
Com um mercado de câmbio seco, a expectativa de entrada de
novos recursos animou os investidores.
"O anúncio do BC ajudou a aliviar o câmbio. Além disso, houve
o encontro dos candidatos à Presidência com Fernando Henrique
Cardoso que, se não trouxe novidades, é um bom sinal", afirma
Joaquim Kokudai, diretor de tesouraria do banco Lloyds TSB.
O risco-país também fechou em
baixa, de 4,6%, a 1.994 pontos.
Operadores do mercado destacaram que houve um pequeno
efeito positivo na adesão do economista José Alexandre Scheinkman ao grupo de colaboradores
do presidenciável Ciro Gomes
(PPS).
"Scheinkman agrada ao mercado. Mas não sabemos ainda qual
será o papel que ele terá dentro de
um hipotético governo de Ciro
[Gomes"", afirma a diretora de
câmbio da corretora AGK, Miriam Tavares.
O BC realizou ontem leilões de
recompra de LFTs -títulos pós-fixados atrelados aos juros. Em
dois leilões, o BC recomprou R$
834 milhões em papéis.
O BC se dispôs apenas a recomprar papéis com vencimento neste ano -outubro e novembro. Isso fez os investidores aceitaram
negociar bem menos que os R$ 2
bilhões que a autoridade monetária aceitaria recomprar, segundo
analistas.
Na semana passada, o BC anunciou a recompra de até R$ 11 bilhões em títulos públicos.
Na Bovespa, nem o dia de vencimento de opções animou muito
os negócios. Do volume de R$ 845
milhões que o pregão girou ontem, R$ 318 milhões foram do
exercício dos contratos de opções.
A Bolsa encerrou com desvalorização de 1,14%, com as ações preferenciais da Tele Leste Celular, que caíram 7%, liderando as perdas.
(FABRICIO VIEIRA)
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