São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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Outro lado

Deputado nega ter cometido irregularidades

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) negou irregularidades em suas empresas e disse que só foi processado por ser o responsável pelo grupo. (LS)

 

FOLHA - O que o sr. tem a dizer sobre a acusação contra suas empresas de participar do esquema "buraco negro"?
SANDRO MABEL
- [...] Havia um camarada que prestava consultoria. Aí pegaram todas as empresas que esse camarada dava consultoria, além de nós, tem mais de cem empresas envolvidas [...]. [A Polícia Federal] colocou todo mundo dentro de um inquérito.
O inquérito está até hoje andando. O que a empresa fez num determinado momento? Nós íamos participar de umas licitações grandes, importantes, de merenda escolar. A empresa achou melhor aproveitar um parcelamento num determinado momento para não ter dor de cabeça.

FOLHA - O sr. foi apontado como o responsável pelas fraudes.
MABEL
- A pessoa que consta como representante da empresa é que responde ao processo. Não é que o Sandro Antonio Scodro, eu, pessoa física, tivesse feito fraude ou qualquer coisa parecida. Não existe isso. É que eu era representante da empresa. Na empresa, há dez sócios. Se meu irmão fosse o representante, a ação era contra ele. A ação penal ou fraude que possa ter acontecido, não é na minha pessoa física, Sandro, mas o representante da empresa.

FOLHA - Em depoimento à Receita, o senhor reconheceu que movimentava a conta em que os cheques emitidos a pretexto de pagamento de tributos eram depositados.
MABEL
- Não sou eu pessoa física [...]. A conta era da própria empresa. Eu assinava a conta, como outros procuradores assinavam aqui também. Eu era o dono da empresa. Eu assinava, meu irmão assinava, meu primo assinava.


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