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Regra muda ordem de cidades que receberão recursos até 2010
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As alterações feitas pelo governo nos parâmetros de escolha dos projetos de saneamento
que receberão recursos federais até 2010 pouparam o Ministério das Cidades de uma
disputa jurídica.
Prefeituras que tinham projetos classificados entre os melhores do país e não receberam
recursos no ano passado têm
ações tramitando na Justiça
para que o governo libere o dinheiro.
É o caso, por exemplo, de Sinop (MT). A prefeitura estava
em primeiro lugar na lista do
Ministério das Cidades com
um projeto de R$ 39 milhões,
que seria financiado com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
O governo federal, entretanto, decidiu fazer o repasse com
dinheiro do FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço), o que obrigou a prefeitura
da cidade a fazer um novo processo de habilitação.
Em maio do ano passado, a
Procuradoria Jurídica do município entrou com ação para
reverter o critério de seleção.
Mas, durante as negociações do
PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento), o projeto de
Sinop acabou sendo incluído
entre as obras beneficiadas, e a
prefeitura considera que a ação
perdeu seu objeto.
Cuiabá (MT) também deve
desistir de ação similar graças
ao PAC. O município, apesar de
bem classificado no ranking
oficial de projetos, deixou de
receber recursos no ano passado. Na disputa judicial, chegou
a conseguir liminar em primeira instância a qual obrigava o
Ministério das Cidades a liberar recursos.
Questões orçamentárias
O diretor de articulação institucional da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
do ministério, Sérgio Gonçalves, explica que as prefeituras,
apesar de bem qualificadas no
ranking oficial, não receberam
os recursos no ano passado devido a questões de ordem orçamentária.
É que o financiamento só pode ser liberado no valor total do
projeto apresentado pela prefeitura do município.
Assim, se o Ministério das Cidades tem recursos em valor
inferior ao projeto da cidade
que está em primeiro lugar no
ranking, não pode liberar um financiamento parcial. É obrigado a procurar uma obra mais
barata, o que aconteceu no ano
passado.
(LP)
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