São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2004

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FESTA SALGADA

Fabricante pede 100% a mais pelo pernil

Natal terá peru e chester mais caros

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

As negociações que ocorrem entre redes de supermercados e indústria para definir as encomendas de Natal pararam por conta de um desentendimento. O foco do problema são os contratos de compra e venda de aves e suínos para as festas natalinas.
Por razões estratégicas, as lojas anteciparam seus pedidos de compras de Natal (panetones, frutas secas, entre outros) aos fabricantes neste ano por temor de que o aquecimento da economia provocasse falta de mercadorias.
Mas, no caso de itens como pernil, tender, peru e chester, a situação é outra. Perdigão e Sadia, líderes do setor, já propuseram um aumento no valor do pernil. A Folha apurou que o reajuste pedido pela Sadia coloca o preço de venda da peça (quilo) para o varejo em R$ 8. Em cima desse valor é colocada a margem do varejo, que revende o item ao consumidor. No ano passado, no mesmo período, o valor do pernil girava em torno de R$ 4 para a loja.
Para o chester e o peru, os supermercados acreditam que os reajustes possam variar de 10% a 15% em relação à tabela do ano passado de venda da indústria ao comércio.
As negociações entre supermercados e indústria devem ser retomadas na sexta-feira -foram postergadas por conta de viagens ao exterior dos fabricantes nos últimos dias.
São duas as cartas na manga da indústria nessa negociação: a questão da demanda e as exportações. Falta carne de porco no mercado, e a Rússia continua como voraz compradora. Com mercado de sobra, quem paga leva. Por isso, no momento, as lojas estão na berlinda.


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