São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 2006

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Esquema usava agenciadores nos Estados

DA SUCURSAL DO RIO

Para realizar as fraudes, a quadrilha captava agenciadores que ficam encarregados de buscar, nos Estados, pessoas interessadas em obter um benefício previdenciário.
Em seguida, contadores contatados pelo bando preenchiam a Gfip (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), na qual inseriam dados das pessoas interessadas no benefício.
No documento, eram anotados, por exemplo, falsos períodos de vínculos empregatícios das pessoas em empresas, que poderiam ser reais, inativas ou "fantasmas".
Logo depois, o grupo entrava em contato com servidores do INSS que inseriam os dados no sistema e conseguiam obter os benefícios fraudulentos.
Segundo a PF, o sistema atual permite, por exemplo, que sejam inseridos vínculos empregatícios que começaram em 1974.
Neste ano, a força-tarefa formada há cinco anos para combater crimes previdenciários deflagrou 19 operações para desbaratar quadrilhas envolvidas em fraudes, que somaram R$ 20,46 milhões.
As investigações levaram a prisões de 71 pessoas em seis Estados (Alagoas, Rio Grande do Sul, Maranhão, Goiás, Rio Grande do Norte e Espírito Santo) e no Distrito Federal.
Até março, o governo conseguiu evitar o pagamento de R$ 4,255 milhões somente com a suspensão de benefícios. O valor envolvido nas fraudes passa de R$ 43 milhões.
Somente neste ano, são 992 inquéritos em andamento, 59 mandados de busca e apreensão, 10 prisões em flagrante e 27 prisões preventivas.


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