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São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2003

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Decisão é elogiada pelo Judiciário

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Representantes das cúpulas do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal elogiaram ontem a edição de uma medida provisória ampliando para 2008 o prazo para aposentados e pensionistas entrarem com ação judicial contra o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pela revisão do valor dos benefícios.
"Eu só posso congratular-me com esse gesto do governo. Na verdade, havia até sugerido a prorrogação. O governo tomou uma medida que vai atender essa imensa população de segurados. Só posso cumprimentar o governo pelo grande gesto que tomou neste instante, em que velhinhos estavam sofrendo tanto", disse o presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa.
Na mesma linha, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Nilson Naves, disse que o governo "mostrou sensatez" e que a edição da medida provisória é "uma feliz iniciativa". "Agora, esperamos que dê mais um passo à frente, fazendo a extensão administrativa dessa revisão" -media que está em estudo pelo governo.
Ele se mostrou preocupado com a possibilidade, anunciada pelo ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, de ser negociado um acordo para que todos os segurados tenham o benefício revisto mesmo sem ir à Justiça.
"Essa questão de acordo há de ser discutida. Não sei como o ministro está vendo essa parte sob o aspecto financeiro. O certo é que os segurados não podem ser prejudicados. Isso não representa tanto assim para o Orçamento da União." O impacto está estimado em R$ 14 bilhões -aproximadamente metade do déficit da Previdência estimado para este ano.
Já o procurador-geral da República, Claudio Fonteles, disse que a edição da MP foi "uma atitude altamente positiva". "Quando há diálogo, chega-se a uma conclusão que traz benefício a todos."
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, disse que se encontraria à noite com Berzoini e que pediria a extensão da revisão do benefício a todos os segurados.


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