São Paulo, sexta-feira, 20 de novembro de 2009

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Brasil deve retirar estímulos, afirma órgão

DE GENEBRA

A OCDE recomenda ao Brasil uma "retirada planejada com bom senso" já no início de 2010 dos estímulos fiscais oferecidos pelo governo, caso a recuperação continue a correr bem -mais cedo, portanto, que nos países desenvolvidos. E sugere que os juros voltem a subir.
"Com a retomada da atividade econômica, que já ocorre firmemente, pode ser necessário um aperto gradativo da política monetária a partir do meio de 2010 para conter pressões inflacionárias resultantes da rápida queda de estoques", disse o órgão.
Segundo a OCDE, o atual afrouxamento fiscal faz sentido. "Mas a criação de compromissos recorrentes pesará no Orçamento no longo prazo."
Para a OCDE, a deterioração da performance fiscal se deve "essencialmente ao governo", que tem elevado gastos com programas de transferência de renda e aumento da folha de pagamento.
Em seu relatório anual de projeções econômicas, o grupo de países ricos (do qual o Brasil não faz parte) avalia como bem-sucedidas as medidas aplicadas e afirma que, graças à firmeza do consumo interno, o país se recuperou muito rapidamente da crise financeira.
Neste ano, a OCDE prevê que o PIB fique estagnado -mais ou menos em linha com o discreto crescimento de 0,2% esperado pelo mercado brasileiro. Para 2010, a expectativa é de avanço de 4,8%, também condizente com o que veem economistas locais, segundo o relatório Focus, compilado pelo Banco Central. (LC)


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