|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil deve retirar estímulos, afirma órgão
DE GENEBRA
A OCDE recomenda ao
Brasil uma "retirada planejada com bom senso" já no início de 2010 dos estímulos fiscais oferecidos pelo governo,
caso a recuperação continue
a correr bem -mais cedo,
portanto, que nos países desenvolvidos. E sugere que os
juros voltem a subir.
"Com a retomada da atividade econômica, que já ocorre firmemente, pode ser necessário um aperto gradativo
da política monetária a partir
do meio de 2010 para conter
pressões inflacionárias resultantes da rápida queda de
estoques", disse o órgão.
Segundo a OCDE, o atual
afrouxamento fiscal faz sentido. "Mas a criação de compromissos recorrentes pesará no Orçamento no longo
prazo."
Para a OCDE, a deterioração da performance fiscal se
deve "essencialmente ao governo", que tem elevado gastos com programas de transferência de renda e aumento
da folha de pagamento.
Em seu relatório anual de
projeções econômicas, o grupo de países ricos (do qual o
Brasil não faz parte) avalia
como bem-sucedidas as medidas aplicadas e afirma que,
graças à firmeza do consumo
interno, o país se recuperou
muito rapidamente da crise
financeira.
Neste ano, a OCDE prevê
que o PIB fique estagnado
-mais ou menos em linha
com o discreto crescimento
de 0,2% esperado pelo mercado brasileiro. Para 2010, a
expectativa é de avanço de
4,8%, também condizente
com o que veem economistas
locais, segundo o relatório
Focus, compilado pelo Banco Central.
(LC)
Texto Anterior: Estímulo: Venda de carro deve recuar sem subsídio, diz órgão Próximo Texto: Pesquisa: Economia brasileira está em fase de "boom", diz pesquisa Índice
|