São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 2005

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Proposta da Docas não vale, diz TAP

DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A TAP informou ontem que não considera válida a proposta de recompra das subsidiárias da Varig, VEM (engenharia e manutenção) e VarigLog (transporte de cargas). Segundo a estatal portuguesa, a proposta do grupo Docas, do empresário Nelson Tanure, não cumpre a maior parte das exigências determinadas pelo contrato fechado entre a TAP e a Varig em 9 de novembro.
A comunicação foi entregue ontem, último dia do prazo de sete dias fixado em contrato para a TAP se pronunciar sobre a proposta de recompra das empresas. A estatal tem o direito de preferência e poderia cobrir a oferta.
Segundo José Roberto Opice, advogado da TAP, a Aero-LB, sociedade de propósito específico criada pela TAP no Brasil para obter financiamento do BNDES para a compra das subsidiárias, deve receber US$ 74,4 milhões a título de ressarcimento referente ao custo da transação e à multa estipulada no contrato, de US$ 12,5 milhões.
O advogado explica que o grupo Docas se comprometeu a pagar apenas US$ 62 milhões, o equivalente ao valor da oferta da estatal. "A TAP vai esperar o que a Varig vai decidir: ou aceita que as ações fiquem com a Aero-LB ou aceita a proposta do [fundo americano] Mattlin Patterson", disse.
Depois de ter iniciado as transações com a TAP, a Varig colocou as duas subsidiárias em leilão. Durante o período de leilão, duas propostas foram apresentadas: a do grupo Docas e a do fundo norte-americano Mattlin Patterson, de US$ 77 milhões, que já havia manifestado interesse em comprar a própria Varig. A aérea escolheu a proposta de Tanure.
Além do ressarcimento, a TAP questiona também a origem dos recursos da proposta do grupo Docas. "A sugestão de recompra não comprova a disponibilidade dos recursos financeiros necessários a honrar a proposta", afirma a nota divulgada pela estatal.


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