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Proposta da Docas não vale, diz TAP
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A TAP informou ontem que
não considera válida a proposta
de recompra das subsidiárias da
Varig, VEM (engenharia e manutenção) e VarigLog (transporte de
cargas). Segundo a estatal portuguesa, a proposta do grupo Docas, do empresário Nelson Tanure, não cumpre a maior parte das
exigências determinadas pelo
contrato fechado entre a TAP e a
Varig em 9 de novembro.
A comunicação foi entregue ontem, último dia do prazo de sete
dias fixado em contrato para a
TAP se pronunciar sobre a proposta de recompra das empresas.
A estatal tem o direito de preferência e poderia cobrir a oferta.
Segundo José Roberto Opice,
advogado da TAP, a Aero-LB, sociedade de propósito específico
criada pela TAP no Brasil para obter financiamento do BNDES para a compra das subsidiárias, deve
receber US$ 74,4 milhões a título
de ressarcimento referente ao
custo da transação e à multa estipulada no contrato, de US$ 12,5
milhões.
O advogado explica que o grupo
Docas se comprometeu a pagar
apenas US$ 62 milhões, o equivalente ao valor da oferta da estatal.
"A TAP vai esperar o que a Varig
vai decidir: ou aceita que as ações
fiquem com a Aero-LB ou aceita a
proposta do [fundo americano]
Mattlin Patterson", disse.
Depois de ter iniciado as transações com a TAP, a Varig colocou
as duas subsidiárias em leilão.
Durante o período de leilão, duas
propostas foram apresentadas: a
do grupo Docas e a do fundo norte-americano Mattlin Patterson,
de US$ 77 milhões, que já havia
manifestado interesse em comprar a própria Varig. A aérea escolheu a proposta de Tanure.
Além do ressarcimento, a TAP
questiona também a origem dos
recursos da proposta do grupo
Docas. "A sugestão de recompra
não comprova a disponibilidade
dos recursos financeiros necessários a honrar a proposta", afirma
a nota divulgada pela estatal.
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