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memória
Em 1997, crise na Ásia atingiu emergentes
DA REDAÇÃO
Em 1997, países do Sudeste e Nordeste asiático
enfrentaram crise financeira que desvalorizou fortemente suas moedas, derrubou suas Bolsas de Valores, interrompeu o crescimento econômico e se estendeu ao plano político,
com a queda de governos.
Nos anos seguintes, contaminou outros países
emergentes, como Rússia,
Brasil e Argentina, tornando-se a primeira crise da
era das finanças globais.
O fenômeno foi disparado por processo de fuga de
capital e deflação de ativos
financeiros das economias
da região. Iniciando-se na
Tailândia, na Malásia, na
Indonésia e nas Filipinas,
suas repercussões adquiriram amplitude global
quando incorporou Coréia
do Sul e Hong Kong.
Uma das causas da crise
de confiança foi o endividamento excessivo do setor privado e a incapacidade do setor financeiro de
recuperar boa parte dos
empréstimos concedidos.
De janeiro a dezembro
de 1997, grandes empresas, endividadas, abriram
falência, e companhias financeiras tiveram atividades suspensas por falta de
liquidez. Governos aumentaram as taxas de juros, usaram reservas internacionais para evitar
maior desvalorização
cambial e pediram empréstimos ao FMI, que
aprovou pacotes de ajuda
financeira. Ao final, as
moedas dos tigres asiáticos foram desvalorizadas
em relação ao dólar, com
exceção de Hong Kong,
onde a depreciação foi evitada a alto custo.
Brasil
Nos anos 90, no Brasil,
as autoridades monetárias
deixaram entrar crescentes quantias de capital estrangeiro sem controle, o
que aumentou o endividamento externo do país. O
déficit em transações correntes era considerado
elevado: 3,74% do PIB, o
que indicava dependência
em relação aos capitais estrangeiros e vulnerabilidade a crises internacionais.
O ataque especulativo
levou a um aumento das
taxas de juros e de desemprego. A fuga de capitais e
a ameaça de colapso cambial, em fins de 1998, levaram o país a emprestar
US$ 40 bilhões do FMI para restabelecer o financiamento externo.
O Banco Central interveio nos mercados futuros
de dólar para tentar defender o câmbio, gastando
reais. Na primeira vez, deu
certo. Mas, após a crise da
Rússia, em 1998, a tentativa de operar o mercado de
câmbio falhou e o país perdeu recursos.
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