São Paulo, quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

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Bolsa sobe 1%, e dólar fica abaixo de R$ 1,80

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo alcançou mais um dia de alta, com valorização de 1,02% nas operações de ontem. Todavia ainda não conseguiu superar o rombo do pregão de segunda, quando caiu mais de 4%.
No cenário internacional, houve uma amenização no mau humor que tem prejudicado as negociações desde a semana passada -alimentado por temores em relação a pressões inflacionárias nos EUA e à chance de os juros deixarem de cair no país.
As Bolsas norte-americanas fecharam com variações brandas. O índice Dow Jones recuou 0,19%, e a Nasdaq teve ganho de 0,19%.
O Fed divulgou ontem que, no leilão que fez na segunda-feira, disponibilizou US$ 20 bilhões ao mercado, como parte do programa conjunto de ajuda ao sistema financeiro desenvolvido com bancos centrais da Europa.
O desempenho dos bancos prossegue na rota de preocupações dos investidores. Ontem, o Morgan Stanley anunciou que sofreu prejuízos no trimestre encerrado em novembro, superiores a US$ 3 bilhões, como reflexo da crise hipotecária norte-americana. A informação só não prejudicou mais o mercado porque o banco anunciou que receberá uma injeção de US$ 5 bilhões do fundo soberano chinês.
Na Europa, a queda dos papéis de grandes bancos prejudicou o resultado da Bolsa londrina, que subiu apenas 0,08%. As ações do Barclays caíram 1,96%, e as do LLoyds TSB recuaram 0,59%.
Para o mercado brasileiro, turbulência internacional sempre é algo ruim. A Bovespa depende bastante do capital externo -que responde por cerca de 35% de suas operações diárias. Nas duas primeiras semanas deste mês, os estrangeiros adquiriram líquidos R$ 892,89 milhões em ações de companhias brasileiras na Bovespa.
O fluxo de recursos para o país também é fundamental para o comportamento do mercado de câmbio. Ontem, o dólar registrou recuo de 0,77%, para R$ 1,799.
O Banco Central informou que o fluxo cambial neste mês está positivo em US$ 6,87 bilhões, até o dia 18. No mês passado, o fluxo ficou positivo em US$ 5,28 bilhões, segundo a Reuters.
Mesmo não tendo chegado a influenciar o resultado dos mercados ontem, a divulgação de que houve piora nas contas externas brasileiras em novembro, com déficit nas transações correntes de US$ 1,344 bilhão, foi muito comentada nas mesas de operações das corretoras.
A valorização das ações da Companhia Siderúrgica Nacional e da Petrobras foi fundamental para o índice Ibovespa. A ação ON da CSN ficou no topo das altas de ontem, com ganhos de 7,15%. A Petrobras viu suas ações PN e ON registrarem valorizações de 3,21% e 2,90%.


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