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Bolsa sobe 1%, e dólar fica abaixo de R$ 1,80
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo alcançou mais um dia
de alta, com valorização de
1,02% nas operações de ontem. Todavia ainda não conseguiu superar o rombo do
pregão de segunda, quando
caiu mais de 4%.
No cenário internacional,
houve uma amenização no
mau humor que tem prejudicado as negociações desde a
semana passada -alimentado por temores em relação a
pressões inflacionárias nos
EUA e à chance de os juros
deixarem de cair no país.
As Bolsas norte-americanas fecharam com variações
brandas. O índice Dow Jones
recuou 0,19%, e a Nasdaq teve ganho de 0,19%.
O Fed divulgou ontem que,
no leilão que fez na segunda-feira, disponibilizou US$ 20
bilhões ao mercado, como
parte do programa conjunto
de ajuda ao sistema financeiro desenvolvido com bancos
centrais da Europa.
O desempenho dos bancos
prossegue na rota de preocupações dos investidores. Ontem, o Morgan Stanley anunciou que sofreu prejuízos no
trimestre encerrado em novembro, superiores a US$ 3
bilhões, como reflexo da crise hipotecária norte-americana. A informação só não
prejudicou mais o mercado
porque o banco anunciou
que receberá uma injeção de
US$ 5 bilhões do fundo soberano chinês.
Na Europa, a queda dos papéis de grandes bancos prejudicou o resultado da Bolsa
londrina, que subiu apenas
0,08%. As ações do Barclays
caíram 1,96%, e as do LLoyds
TSB recuaram 0,59%.
Para o mercado brasileiro,
turbulência internacional
sempre é algo ruim. A Bovespa depende bastante do capital externo -que responde
por cerca de 35% de suas
operações diárias. Nas duas
primeiras semanas deste
mês, os estrangeiros adquiriram líquidos R$ 892,89 milhões em ações de companhias brasileiras na Bovespa.
O fluxo de recursos para o
país também é fundamental
para o comportamento do
mercado de câmbio. Ontem,
o dólar registrou recuo de
0,77%, para R$ 1,799.
O Banco Central informou
que o fluxo cambial neste
mês está positivo em US$
6,87 bilhões, até o dia 18. No
mês passado, o fluxo ficou
positivo em US$ 5,28 bilhões, segundo a Reuters.
Mesmo não tendo chegado
a influenciar o resultado dos
mercados ontem, a divulgação de que houve piora nas
contas externas brasileiras
em novembro, com déficit
nas transações correntes de
US$ 1,344 bilhão, foi muito
comentada nas mesas de
operações das corretoras.
A valorização das ações da
Companhia Siderúrgica Nacional e da Petrobras foi fundamental para o índice Ibovespa. A ação ON da CSN ficou no topo das altas de ontem, com ganhos de 7,15%. A
Petrobras viu suas ações PN
e ON registrarem valorizações de 3,21% e 2,90%.
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