São Paulo, domingo, 20 de dezembro de 2009

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Empresa contrata para entrar no setor de cartões

GetNet. Esse tem sido um dos nomes mais falados no mercado de cartões, que, hoje concentrado em duas gigantes, vai se abrir para a entrada de novos players em 2010.
A empresa se prepara para entrar num campo dominado pela Cielo (ex-VisaNet), que atuou por anos com exclusividade para credenciar a bandeira Visa, e pela Redecard, com a licença MasterCard.
Nos últimos seis meses, a GetNet contratou 26 executivos para o seu time -alguns conhecem bem esse mercado. Entre eles estão Ronaldo Varela, no cargo de diretor-executivo de marketing e negócios, e Carlos Pégolo, diretor-executivo de operações. Ambos já atuaram em diretorias da Redecard.
Também desembarcou na companhia Vicente Linhares, ex-AmBev, para a diretoria-executiva de varejo.
A entrada da GetNet ocorre num momento em que o governo pressiona por mudanças no setor. Em abril, o Banco Central divulgou estudo que considerou o mercado de cartões do país muito concentrado.
Apesar do modelo de negócios do setor no Brasil ser semelhante ao de outros países, o levantamento concluiu que o atual sistema impede a entrada de novas empresas e, por isso, deveria ser reformulado.
Com receita operacional bruta de R$ 2,19 bilhões a GetNet é hoje uma das líderes em recarga de telefonia celular e processamento de cartões regionais. A empresa é especializada em captura e processamento de transações eletrônicas . "Vamos dobrar o tamanho da rede até o fim de 2010", diz Varela. Neste ano, a GetNet investiu R$ 160 milhões e ampliou a capacidade de processamento de sua rede para mais de 450 transações por segundo.

"Nos últimos meses a GetNet vem fazendo pesados investimentos em infraestrutura de sistemas e capacitação"
RONALDO VARELA
diretor-executivo de marketing e negócios da GetNet

DINAMARQUESAS

GENTILEZAS 1
Não foi só à frente de jornalistas que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) demonstrou gentilezas com o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente). No plenário, onde entram apenas diplomatas e representantes de instituições internacionais, cada país tem apenas dois assentos. Assessores podem se sentar atrás de seus líderes.

 

GENTILEZAS 2
Dilma, em uma das sessões, havia chegado antes com o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil, e ambos ocuparam os lugares. Minc, retardatário, sentou-se atrás. De repente, a ministra vira-se e diz: "Ô, Minc, eu estava aqui falando com o Figueiredo...", e pediu para que trocassem de lugar. Figueiredo para trás e o ministro para frente.

 

NA RÉGUA 1
Um dos governadores que estiveram em Copenhague avalia que o Brasil poderia ter aceito ser fiscalizado, por meio do MRV (mensurar, verificar e reportar). O problema são os opositores aos Estados. "Ninguém questiona o relatório do Inpe", diz.

 

NA RÉGUA 2
"Já temos tecnologia para monitorar, podemos relatar, temos uma imprensa livre e democracia. Mas fica complicado o Brasil assumir isso, sem que a China, que está no mesmo bloco, possa fazer", acrescentou o governador.

 

AUSÊNCIAS
Apesar da participação crescente de empresas internacionais diferentes na COP-15, foram notadas ausências importantes: as de muitas grandes companhias das áreas de petróleo e de carvão. A Petrobras foi para Copenhague. Estiveram por lá Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível, e Beatriz Spinosa, gerente de meio ambiente da empresa.

 

TECNOLOGIA
Na linha de que o Brasil pode exportar tecnologia de monitoração para outros países, Paulo Manoel Protasio, da Anut (associação de usuários de cargas) e da Redd Yellow Green, negociou durante a COP-15 com empresa da África do Sul um projeto que unirá em um site 600 centros de pesquisa especializados do Brasil.

JANTAR COM LULA
Lideranças do setor vitivinícola brasileiro participam amanhã de jantar com o presidente Lula, no Rio de Janeiro. O jantar, que será no Copacabana Palace, vai ser preparado por sete chefs brasileiros e terá harmonização de seis vinhos e espumantes nacionais de quatro vinícolas: Aurora, Casa Valduga, Miolo e Salton.

MENOS TRIBUTOS
Os representantes da vitivinicultura reivindicarão ao presidente redução da carga tributária, para dar maior competitividade à indústria nacional, e desoneração das exportações. A valorização do real tem favorecido as importações e dificultado as vendas externas. Ampliar as ações de promoção no mercado externo e criar um programa interministerial de modernização e inovação da vitivinicultura também estão entre as reivindicações.

EXPORTAÇÕES
As exportações brasileiras ao Iraque subiram 73,5% no ano até novembro, alcançando US$ 654 milhões, ante o mesmo período de 2008. Nos demais países da região, houve aumento nas exportações para Argélia (0,7%), Líbano (4%), Síria (5%), Emirados Árabes Unidos (19%) e Iêmen (53%). Registraram queda as vendas brasileiras para Líbia, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita, Marrocos, entre outros.

ESCAPAMENTO 1
A partir de 1º de janeiro, os ônibus urbanos de 38 municípios paulistas e os de Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre passarão a circular com o diesel S50, com menor teor de enxofre.

ESCAPAMENTO 2
O combustível entrou no mercado em janeiro deste ano e os primeiros veículos a utilizar o produto foram os das frotas de ônibus de Rio, São Paulo e Curitiba. As regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza e Recife também passaram a vender neste ano óleo diesel S50. A obrigatoriedade do uso nessas localidades é determinação da ANP.

SOLAR
CPFL Energia e CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) assinaram na última semana acordo para instalar aquecedores solares em 6.691 unidades habitacionais populares. As obras começam a partir de janeiro.

CARRO ZERO

Após o aquecimento das vendas de veículos novos neste ano, estimuladas pelo incentivo do governo com a queda do IPI, a SulAmérica resolveu criar um seguro específico para o carro zero-quilômetro.
Com o novo produto, o segurado pode ser indenizado pelo valor que pagou de fato no automóvel, de acordo com a nota fiscal.
"Assim que um carro zero-quilômetro sai da concessionária, o valor do veículo é reduzido. A ideia é evitar essa perda no seguro", afirma o presidente da SulAmérica, Patrick de Larragoiti Lucas.

com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK


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