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TRABALHO
Governo avalia alternativa, que pode afetar 42 mil trabalhadores
Contratações por tempo fixo perdem benefício hoje
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As empresas que contrataram
trabalhadores por tempo determinado, uma modalidade que
prevê redução dos encargos trabalhistas, perdem a partir de hoje
os descontos permitidos pela lei,
caso o empregado esteja contratado há mais de 18 meses.
Segundo o ministro do trabalho, Jaques Wagner, o governo
ainda não sabe como vai resolver
esse problema que pode afetar
cerca de 42 mil trabalhadores.
"Estamos avaliando se a regra
impulsionou a criação de emprego ou é apenas um artifício para
baratear o custo da mão-de-obra", disse Wagner.
Em 1998, o governo Fernando
Henrique Cardoso aprovou a lei
que permitia o contrato de trabalho por tempo determinado. Essa
lei dava um desconto de 50% nas
contribuições patronais para Sebrae, Senai e Senac e reduzia o pagamento do FGTS de 8% para 2%
do salário. O contrato e os benefícios só valiam por 18 meses.
Em seguida, o governo publicou
uma medida provisória que permitia contratos por tempo determinado de até 60 meses. Hoje a
MP vence, e só serão permitidos
contratos por tempo determinado com duração de até 18 meses.
As empresas com empregados
contratados por essa modalidade
que já trabalham há mais de 18
meses terão duas opções: demitir
ou começar a pagar os encargos
trabalhistas normalmente.
Ontem o ministro deu declarações que indicam que ele não está
convencido de que a medida deve
ser reeditada. Segundo Wagner,
os benefícios concedidos aos empregadores acabaram dando
muito pouco resultado. Em quatro anos, 42 mil pessoas foram
contratadas por essa modalidade,
enquanto há no país cerca de 30
milhões de empregos formais.
O ministro não descarta criar
um mecanismo semelhante, mas
com regras diferentes. "Podemos
pensar num mecanismo mais eficiente para estimular contratações", disse.
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