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São Paulo, terça-feira, 21 de janeiro de 2003

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GLOBALIZAÇÃO

Na Suíça, agenda do ministro inclui conversa com o FMI; em Porto Alegre, ele vai almoçar com empresários

Palocci ficará mais em Davos que no RS

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, vai participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, onde cumprirá extensa agenda de reuniões já marcadas com empresários, banqueiros, autoridades de outros países e com Anne Krueger, vice-diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Não há prurido ideológico nenhum" na ida de Palocci a Davos, disse ontem seu secretário de Assuntos Internacionais, Otaviano Canuto, 47. Economista sergipano com carreira na Unicamp e na USP, ele é um dos novos integrantes do Ministério da Fazenda na equipe de Palocci.
Embora não seja tecnicamente possível antecipar a revisão do acordo que o Brasil mantém com o FMI, esse tema será tratado na conversa que Palocci terá com Anne Krueger. A reavaliação das metas macroeconômicas prometidas pelo país ao Fundo está prevista para o mês que vem.
Palocci também vai a Porto Alegre, onde se realiza ao mesmo tempo o Fórum Social Mundial, um contraponto à reunião de Davos. Mas a participação do ministro da Fazenda em Porto Alegre será ínfima se comparada a sua agenda na Suíça.
Na próxima quinta-feira, Palocci embarca para Porto Alegre, onde terá um almoço na sede Federasul (Federação dos Empresários Gaúchos). Para assistir o ministro discursando nesse encontro, cada empresário pagará R$ 50 ao PT do Rio Grande do Sul, que está organizando o encontro.
Logo depois do almoço, o ministro embarcará de Porto Alegre para São Paulo. Em seguida, com destino a Davos, aonde chegará no final da tarde de sexta-feira.
No sábado de manhã, um dia antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Palocci participará de um café da manhã promovido pela Goldman Sachs, uma das principais corretoras e bancos de investimento do planeta. Economistas renomados como Paul Krugman, Lara Tyson e Stanley Fischer estarão presentes.
O almoço de sábado do ministro da Fazenda brasileiro será com o ministro das Finanças da França, Francis Mer. O encontro com Anne Kruger está marcado para as 18h desse dia.
No domingo, a assessoria de Palocci não divulgou sua agenda, exceto que ele estará presente às 16h30 no local onde o presidente Lula fará seu discurso. Vários banqueiros e empresários solicitaram encontros com o ministro.
Otaviano Canuto afirma que a ida do ministro da Fazenda a Davos será "uma oportunidade para ouvir" e também para "tornar mais fidedigna a percepção do risco Brasil no exterior".
Para Canuto, "esclarecendo, anunciando os compromissos e tirando dúvidas eventuais", será possível "solidificar" a melhora já registrada no índice que mede o risco de investimentos no Brasil (uma composição de taxas de juros cobradas sobre papéis brasileiros vendidos no exterior).

Comitiva
Além de Palocci, os ministros que acompanharão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, são Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Jaques Wagner (Trabalho), Gilberto Gil (Cultura) e Humberto Costa (Saúde).
A mesma comitiva, com exceção de Gil e Costa, segue para Berlim (Alemanha) e Paris (França), onde Lula se reúne com Gerard Schröder e Jacques Chirac.


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