|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GLOBALIZAÇÃO
Na Suíça, agenda do ministro inclui conversa com o FMI; em Porto Alegre, ele vai almoçar com empresários
Palocci ficará mais em Davos que no RS
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Antonio
Palocci Filho, vai participar do
Fórum Econômico Mundial, em
Davos, na Suíça, onde cumprirá
extensa agenda de reuniões já
marcadas com empresários, banqueiros, autoridades de outros
países e com Anne Krueger, vice-diretora-gerente do FMI (Fundo
Monetário Internacional).
"Não há prurido ideológico nenhum" na ida de Palocci a Davos,
disse ontem seu secretário de Assuntos Internacionais, Otaviano
Canuto, 47. Economista sergipano com carreira na Unicamp e na
USP, ele é um dos novos integrantes do Ministério da Fazenda na
equipe de Palocci.
Embora não seja tecnicamente
possível antecipar a revisão do
acordo que o Brasil mantém com
o FMI, esse tema será tratado na
conversa que Palocci terá com
Anne Krueger. A reavaliação das
metas macroeconômicas prometidas pelo país ao Fundo está prevista para o mês que vem.
Palocci também vai a Porto Alegre, onde se realiza ao mesmo
tempo o Fórum Social Mundial,
um contraponto à reunião de Davos. Mas a participação do ministro da Fazenda em Porto Alegre
será ínfima se comparada a sua
agenda na Suíça.
Na próxima quinta-feira, Palocci embarca para Porto Alegre, onde terá um almoço na sede Federasul (Federação dos Empresários
Gaúchos). Para assistir o ministro
discursando nesse encontro, cada
empresário pagará R$ 50 ao PT do
Rio Grande do Sul, que está organizando o encontro.
Logo depois do almoço, o ministro embarcará de Porto Alegre
para São Paulo. Em seguida, com
destino a Davos, aonde chegará
no final da tarde de sexta-feira.
No sábado de manhã, um dia
antes da chegada do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, Palocci
participará de um café da manhã
promovido pela Goldman Sachs,
uma das principais corretoras e
bancos de investimento do planeta. Economistas renomados como Paul Krugman, Lara Tyson e
Stanley Fischer estarão presentes.
O almoço de sábado do ministro da Fazenda brasileiro será
com o ministro das Finanças da
França, Francis Mer. O encontro
com Anne Kruger está marcado
para as 18h desse dia.
No domingo, a assessoria de Palocci não divulgou sua agenda, exceto que ele estará presente às
16h30 no local onde o presidente
Lula fará seu discurso. Vários
banqueiros e empresários solicitaram encontros com o ministro.
Otaviano Canuto afirma que a
ida do ministro da Fazenda a Davos será "uma oportunidade para
ouvir" e também para "tornar
mais fidedigna a percepção do risco Brasil no exterior".
Para Canuto, "esclarecendo,
anunciando os compromissos e
tirando dúvidas eventuais", será
possível "solidificar" a melhora já
registrada no índice que mede o
risco de investimentos no Brasil
(uma composição de taxas de juros cobradas sobre papéis brasileiros vendidos no exterior).
Comitiva
Além de Palocci, os ministros
que acompanharão o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, são Celso Amorim
(Relações Exteriores), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Jaques Wagner (Trabalho),
Gilberto Gil (Cultura) e Humberto Costa (Saúde).
A mesma comitiva, com exceção de Gil e Costa, segue para Berlim (Alemanha) e Paris (França),
onde Lula se reúne com Gerard
Schröder e Jacques Chirac.
Texto Anterior: O vaivém das commodities Próximo Texto: Panorâmica - Bola de cristal: Pesquisa Febraban vê expectativa melhor para desempenho da economia Índice
|