São Paulo, sábado, 21 de janeiro de 2006

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Lula diz que novo mínimo sai terça-feira

DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o novo valor do salário mínimo será decidido na próxima terça-feira. Ele afirmou que está "tranqüilo" quanto a um acordo com os sindicalistas. A tendência é elevar o mínimo para R$ 350, mas ainda não está definido a partir de que mês.
"Nós certamente faremos um acordo com o movimento sindical. É um acordo inédito porque o movimento sindical organizado nunca discutiu com nenhum governo o salário mínimo", disse Lula a jornalistas, após visita a laboratórios do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), em Duque de Caxias (RJ).
Antes de viajar para o Rio, Lula se reuniu ontem com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que negocia o valor do novo mínimo com as centrais sindicais. Enquanto o governo quer R$ 350 a partir de maio, os sindicalistas queriam o aumento a partir de março, mas já aceitam que comece a valer em abril.
Além da correção do salário mínimo, hoje em R$ 300, o governo e as centrais sindicais negociam a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. O governo defendia reajuste de 7%, mas aceita negociar uma correção de 8%. Inicialmente, os sindicalistas reivindicavam uma correção de 13% na tabela do IR.
Diante das dificuldades de um acordo com o governo, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, chegou a falar que lutaria para derrubar o valor do mínimo no Congresso se Lula anunciasse o reajuste sem a concordância das centrais.
Após a quinta reunião de negociação, na última quinta-feira, Marinho afirmou que o governo iria analisar o pedido das centrais sindicais de aumentar o piso salarial para R$ 350 em abril e corrigir a tabela do IR em 8%.
Pelos cálculos oficiais, o aumento do mínimo para R$ 350 terá um custo adicional de R$ 4,6 bilhões neste ano. A antecipação do valor custa mais R$ 1,06 bilhão ao mês.


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