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MEMÓRIA
Batalha jurídica e política marcou venda da estatal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A privatização da Vale do Rio
Doce, em maio de 1997, foi
marcada por uma batalha jurídica que começou tão logo o
processo de venda se iniciou,
foi reforçada no dia da realização do leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e continuou se arrastando depois de
confirmada a transferência para iniciativa privada.
Avaliada em R$ 10,4 bilhões,
a Vale era a empresa mais valiosa na lista de privatizações
do governo. Houve muita resistência à sua privatização.
Independentemente de detalhes técnicos e jurídicos, estavam em jogo questões ideológicas com argumentações que
iam da incapacidade do setor
público de administrá-la à defesa da soberania nacional.
De um lado, partidos, movimentos da esquerda e políticos
da região dependente economicamente da empresa tentavam evitar a privatização a todo custo sob alegação de que
um "símbolo nacional" estava
sendo entregue para a iniciativa privada. Do outro, o governo, com problemas de caixa e
com necessidade de mostrar-se
atrativo para investidores estrangeiros em razão da fragilidade das contas externas. Alegava que não tinha condições
de realizar os investimentos
que a empresa requeria.
O leilão da Vale foi adiado várias vezes por força de decisões
judiciais. Para assumir a mineradora, o consórcio Brasil (comandado pelo grupo Vicunha/CSN) pagou ágio de 20%
sobre o preço mínimo fixado.
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