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Grupo já vendeu R$ 4,8 bilhões em ativos nos últimos meses
AGNALDO BRITO
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar do anúncio da compra da Aracruz pela controlada
VCP, o Grupo Votorantim acelerou a venda de seus ativos e
reforçou o caixa nos últimos
meses. Em apenas dois negócios, o maior grupo privado da
América Latina levantou R$ 4,8
bilhões e pode ampliar essa cifra em mais R$ 2,4 bilhões caso
sejam confirmadas outras negociações já esperadas pelo
mercado.
O maior negócio ocorreu na
semana passada, quando o grupo aceitou a oferta do Banco do
Brasil por metade do Banco Votorantim. O BV é a oitava maior
instituição financeira privada
do país. O valor da operação foi
de R$ 4,2 bilhões.
Em novembro, o grupo havia
vendido para a Monsanto a Canavialis e a Alellyx, duas empresas de biotecnologia consideradas as "joias" do portfólio
de empresas estratégicas geridas pelo fundo administrado
pela Votorantim Novos Negócios. A venda rendeu R$ 600
milhões. O negócio chegou a
ser criticado pelo ministro de
Ciência e Tecnologia, Sérgio
Rezende, por considerá-lo uma
transferência de conhecimento
para uma multinacional.
Há outras duas operações
que podem ocorrer em breve,
por ora negadas pelo Grupo Votorantim. A maior ocorreria
com a decisão do Grupo Votorantim de deixar o controle da
CPFL Energia, uma das maiores companhias de distribuição
do país, responsável pelo fornecimento de energia elétrica para boa parte do interior paulista. A CPFL também se tornou
uma empresa de geração de
energia.
A Votorantim detém 14,2%
da empresa, participação que
vale aproximadamente R$ 2 bilhões. A Cemig, controlada pelo
governo de Minas Gerais, confirmou uma oferta pela participação, mas a Neoenergia, controlada pelo fundo de pensão
Previ, também estaria na disputa. Segundo a Folha apurou,
o negócio pode ser fechado ainda neste mês.
Com valor estimado em R$
400 milhões, a participação da
Votorantim Novos Negócios na
Tivit, empresa prestadora de
serviços na área de tecnologia,
também pode estar à venda. A
Votorantim detém atualmente
72,1% da Tivit, o Pátria tem
12,4%, por meio de um fundo
de investimentos, e a Telefutura, 15,5%.
Em 2007, ano em que a empresa registrou prejuízo de R$
6 milhões, o faturamento ficou
em R$ 750 milhões. Estimativas do mercado indicam que a
Tivit tenha obtido mais de R$ 1
bilhão em receitas em 2008.
Atualmente, ela conta com cerca de 25 mil funcionários em 18
unidades e exibe uma carteira
com 1.200 clientes.
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